Eleições para o Conselho Pedagógico e Conselho de Representantes

Foi em Novembro de 2006, no meu primeiro ano na Faculdade, tinha entrado há pouco mais de um mês, que decorreram as últimas eleições para os órgãos de governo da FDUP. Primeiro Bolonha, depois o RJIES, depois os Estatutos da Universidade e a passagem a fundação de direito público - seja lá o que isso for - com isso as eleições à Assembleia Estatutária, os novos Estatutos e agora - finalmente - chegou o momento de eleger os novos representantes para novos órgãos, inaugurando assim aquele que se espera ser mais um grande capítulo na - curta - H/história da nossa Faculdade. 


O testemunho que posso dar deste último anos é o de quem - nos últimos anos - sempre viveu a Faculdade com muita intensidade, de quem se enamorou ao primeiro olhar por aqueles corredores e aquelas salas e de quem procurou dar o que tinha a uma Casa que felizmente sabe dar e receber. Nunca faltei a uma RGA, estive quase sempre envolvido no apoio ou na representação dos meus colegas e lidei de muito perto com quase todos os problemas com que os estudantes colectivamente se depararam nos últimos três anos e meio. E o que vos digo é simplesmente: não subestimem a importância do momento que se aproxima.


Durante os últimos anos tivemos dirigentes associativos de boa qualidade e consigo pensar mesmo em três ou quatro realmente excepcionais, mas por uma razão ou por outra fomos tremendamente mal representados em muitas circunstâncias e em diversos órgãos por bajuladores, por pessoas que se amedrontavam, que não prestavam contas a ninguém, que não apresentavam propostas ou não as sabiam defender, por estudantes que faltavam sistematicamente às reuniões, mas usavam os estatutos de dirigente associativo para fazer autênticas gincanas de exames e melhorias. Não adianta dar nomes ou falar muito desse passado recente sombrio que levou vários professores a comentar comigo e com outros estudantes a fraca competência da nossa representação nos órgãos, até porque a esmagadora maioria das pessoas a que me refiro já não são estudantes da casa. Interessa falar das lições que tiramos desse passado.


Por cada mau exemplo houve claro diversos excelentes de sacrifício pessoal, de coragem, de inteligência, mas a maçã má expulsa a boa e basta um - basta um - estudante estar lá para se servir a si mesmo e não para servir os estudantes, que muitas vezes se deita por terra o trabalho de todos os outros. Daí que cada representante seja importante,  que cada voto conte.


Eu perspectivo a Representação Estudantil, e o Associativismo Estudantil, como um trabalho de união e não de divisão, em que o espaço para consensos é de tal maneira alargado que podíamos unir-nos em torno do que é realmente importante. Foi desse esforço de união que nasceram projectos como a FAP, que episódios gloriosos das crises académicas foram possíveis, que é possível erguer "de estudantes para estudantes" uma Queima da Fitas todos os anos. Mas há também uma lição que se retira desses exemplos mais ou menos históricos, é que há uma coisa mais importante que bons dirigentes associativos para um movimento estudantil forte: estudantes. Estudantes que não podem fugir ao ser dever de se informar, de participar, de agir de maneira consciente e responsável.


É o cumprimento dos mais básicos desses deveres que peço a todos nos próximos dias 23, 24 e 25 de Fevereiro, na qualidade de Presidente da Comissão Eleitoral, mas sobretudo na qualidade de estudante, de colega, ou de amigo, repetirei o apelo: INFORMEM-SE  E VOTEM!


Dia 23, terça-feira, 17h30, Debate para o Conselho de Representantes (sala 1.03 por confirmar).
Dia 24, quarta-feira, 14h30, Debate para o Conselho Pedagógico (sala 1.03 por confirmar).
Dia 25, quinta-feira, ELEIÇÕES, no átrio.