quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Esta casa defende que todas as cartas de amor são ridículas

Confesso que seria um tema que gostava de ter debatido, mas Presidente não tem direito a debater. De qualquer forma, se Pessoa tivesse visto o debate teria ficado curioso com algumas das posições e dos argumentos.
Com o Flávio a Primeiro-Ministro, cedo o debate entrou por provocações pessoais. Contudo, este primeiro-ministro de tanta paixão ao direito, a meio do debate trocou o amor pelo direito e perdeu-se entre conceitos: não que ele tenha reparado. Gostei particularmente da parte em que ele contou o drama das escolas, quando algumas crianças não recebem a sua carta de S. Valentim como todas as outras: sem dúvida que conseguiu despertar algumas lágrimas na audiência.
Quanto ao Zé, o ministro da oposição, gostei particularmente da forma como ele definiu o amor. Assim, o “amor é o real sentimento que ninguém pode negar”, contudo, acabou por se perder na definição.
A Marta, ministra do governo, conseguiu ser a única e referir o senhor que me inspirou para o tema do debate. Gostei particularmente da forma como nos lembrou dos belos bilhetinhos que tantos de nós trocámos nas carteiras da escola primária. Contudo, não deixou de ser muito cruel, a forma como negou a existência do amor e assumiu o papel de ministra sem sentimentos. Para salvar-me de um esgotamento nervoso, conseguiu fazer esquece o que o PM tinha dito acerca dos homossexuais e que me recuso a escrever aqui. :p
Quanto ao Pedro, tal como o Zé, um estreante, ainda por cima logo nas funções de Líder da Oposição, conseguiu começar o debate com uma boa mesmo forte aos argumentos do Flávio e conseguiu mostrar que é de facto um homem que está apaixonado, com várias citações de autores. È engraçada a forma como ele adoptou a pose à Paixão sem nunca a ter visto antes.
Ora e face a um debate tão desorganizado, em que várias vezes tive de gritar que não há diálogo entre os deputados, as pontuações foram as seguintes:
Governo:
Marta (65)
Flávio (58)

Oposição:
Zé (57)
Pedro (55)

Assim e mantendo um reinado feminino que será longo (espero eu), a Marta irá presidir ao Próximo debate.

11 comentários:

Flávio M. Carneiro da Silva disse...

Não poderia deixar de comentar tal síntese de um debate que fica essencialmente marcado pela presidência da mesa. E deverei dizer, muito francamente, que a genese do problema, terá sido o juri que atribuiu a vitória no debate antecedente à jurista Daniela Ramalho, que pelo seu amor ao amor, acaba por tentar implementar na sociedade de debates da Faculdade de DIREITO, um tema tão RIDÍCULO como as CARTAS DE AMOR.

Sem vontade de continuar um comentário, que completo no respeitante às criticas à mesa, teria mais palavras que "Mensagem" de Fernando Pessoa, fico-me por aqui, com cordiais cumprimentos.

Flávio Carneiro da Silva

Anónimo disse...

Confesso que o lugar da Presidente seria ilustre se a mesma optasse por permanecer em casa a cuidar das fainas domésticas.

Marta Lima disse...

Flávio, eu fui um dos elementos do júri envolvidos na (justa) atribuição da vitória à Daniela :b
E não acredito que o facto de a Sociedade de Debates fazer parte da Faculdade de Direito, todos os temas lhe tenham de ser subordinados, pelo contrário, acho que se trata de uma actividade para estimular a nossa polivalência.
No entanto, pode-se sempre questionar o alcance do tema e até que ponto o mesmo seria polémico e frutífero para se adequar a um debate desta natureza mas, pessoalmente, não acho que o tema de ontem tenha deixado muito a desejar neste campo.
Se eu tivesse alguma coisa a apontar, seriam mesmo as pontuações que, no meu ver, não fizeram, em rigor, jus ao debate.

Marta

Anónimo disse...

sinceramente concordo com o flavio no ponto em que diz que o tema é ridiculo. Mas pronto... nao ha nada a fazer agora!
Espero que temas melhores venham

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

julgo que talvez o flávio silva tenha sido mal compreendido.

de qualquer forma, não foi de todo um mau tema. porventura o senhor putin canotilho queria um tema em que pudesse dizer, a cheios pulmões, frases enigmáticas como "Rídiculo!" e não conseguindo teve de o fazer aqui.

caro delegado, para si só outra palavra: Paranóia!

D. disse...

i'll be back...
muahaha e devo confessar que não tenho particular amor ao amor, mas tem sempre graça ouvir pessoas sem coração a debater estes assuntos xd

Flávio M. Carneiro da Silva disse...

Compreendam que me foi dito que o meu método argumentativo baseia-se nos ataques pessoais que intencionalmente dirijo durante o debate. Estava só a tentar ser mauzinho, para que a Daniela saiba o que são ataques pessoais.

Más interpretações à parte, creio que apesar da pobreza do tema, o debate foi bem conduzido. Repare-se que foi uma moção propícia ao "ridículo", e como tal, estabeleceram-se comparações que francamente banalizaram o amor, mas é assim mesmo, nao é suposto acreditarmos no que estamos a defender, é suposto sim, defender bem, e o menos monotonamente possível.
Creio que foi conseguído.

Anseio, porém, que se comece a discutir política, e aí, com toda a certeza, teremos debates acesos e extremamente interessantes.

Fica a sugestão :)

Hugo disse...

eu acho o tema muito bom...
Parabens Daniela..Adorava ter debatido esse tema

São temas destes que permitem mostrar a nossa criatividade!

Ary disse...

O tema era meio girlish mas gostei. Foi para compensar o tema da negociação com raparigas que, segundo a Mariana, era muito para rapazes (o que é estranho visto que a Daniela ganhou).

D. disse...

hum... isso faz de mim muito mais masculina do que todos vós!!! xD já agora, esse tema ary, de que não se deve negociar com raparigas, dava um óptimo para uma sdd... eheh

Ary disse...

LOOOOOOOOL

É verdade: não se deve negociar com raparigas ... =P**

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