Devia a FDUP chamar-se afinal Faculdade de Direito e Criminologia da Universidade do Porto?
Digam-me o que vos vai na alma.
spaceship wizardry
Há 2 dias
Devia a FDUP chamar-se afinal Faculdade de Direito e Criminologia da Universidade do Porto?
Digam-me o que vos vai na alma.
93 comentários:
Bem, esta é um óptima questão. Mas nunca quis, sinceramente, pensar muito no assunto. A primeira vez que estive em contacto com a nossa faculdade foi em 2006 e, desde então, sempre tive na mente a sigla FDUP. Ainda que um dia o nome mude, será sempre Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Agr, se vier a ter a palavra Criminologia pelo meio, com certeza passará a ser FDCUP ou FCDUP para futuros alunos. Já não para mim...
Não. Devia ser Faculdade de Criminologia e Direito. Afinal o mestrado em Criminologia e a Licenciatura em Direito datam da mesma altura e a ordem alfabética é sempre mais imparcial.
Ary, resposta muito muito sensata!
:)
Considero que devia ser só faculdade de direito. Por muito que preze criminologia, como o professor almeida costa diz, criminologia é instrumental do dto, no sentido em que pode haver dto sem haver criminologia, mas o contrario é complicado
2º A verdade é que faculdades com vários cursos como Economia, não é Faculdade de economia e gestão e etc... É apenas faculdade de economia. Da mesma forma, é faculdade de dto, e não faculdade de dto e criminologia.
Não entremos em preciosismos onde não é necessário entrar, pois não é por dizer lá faculdade de criminologia e direito que criminologia vai ganhar um status maior...
ps: curso de criminologia e pos graduações e mestrados são 2 coisas diferentes.
mmmm...
Era exactamente isto que eu queria.
Mais opiniões por favor.
devia ser Faculdade de Criminologia, Direito, De Vez Em Quando Temos Alunos de Farmácia e Outras, da Universiade do Porto.
FCDVEQTAFOUP
Concordo em parte com o Canotilho, mas quiçá por razões um pouco diferente...
O Direito é uma das grandes "ciências", assim como é Economia, Psicologia, Engenharia, etc... Criminologia é uma "ciência" que surge a partir da Psicologia e do Direito. N é uma questão de n ter dignidade para figurar num nome de faculdade, mas meter criminologia e direito no mesmo nome de faculdade n tem lógica, pq uma deriva da outra em parte. Assim cmo tb se criou o curso de criminologia na faculdade de Direito poder-se-ão criar outros cursos, cmo por exemplo relações internacionais. E n é por haver vários cursos que todos eles deverão incluir-se no nome da faculdade.
Se calhar mais lógico seria até mudar o nome do curso de Direito e, em vez de se chamar Licenciatura em Direito, chamar-se licenciatura em ciências jurídicas ;)
1. Criminologia não é instrumental ao Direito. Sob o ponto de vista do Direito é instrumental ao Direito, mas não serve sequer os mesmos propósitos por isso não lhe pode ser instrumental. Criminologia estuda comportamentos individuais e de massas, estuda fenómenos sociais. Direito é uma ciência normativa. Querer ver aqui instrumentalização de uma sobre outra é absurdo.
2. Quando a analogias na Faculdade do Porto temos alguns exemplos. A FEP é um deles, mas temos o exemplo contrário da FPCEUP (Psicologia e Ciências da Educação). Há muitas faculdades que encontraram um nome para abarcar todas as cadeiras que leccionam. Assim, FEUP: engenharias ou FCUP: ciências. Outras tiveram de acolher conceitos mais genéricos: FLUP: letras, FBAUP: belas artes, ICBAS: biomédicas. Mas se vires bem em todos estes últimos casos há uma designação que abrange tudo o que lá se ensina. Pelo contrário a expressão Direito não abrange nem pode abranger a área científica da criminologia.
3. Podemos tentar que a Faculdade fique com um só nome que abranja os dois cursos. PPodiamos ser Faculdade de Ciências Sociais, mas aí estariamos a ocupar espaço científico à Sociologia, à História, à Psicologia, à Economia, à Filosofia, etc. Não consigo encontrar um nome que abranja Direito e Criminologia sem abranger outras áreas. Ciências jurídicas não chega e era rebuscado, ciências do crime deixa de fora boa parte do Direito.
4. Esta questão não é um preciosismo. Eu gostava de andar numa Faculdade cujo nome tivesse alguma coisa a ver com o que lá estudo. Os nomes servem para identificar e se eu fosse de Criminologia não me sentia identificado. Para isso mais valia ir para a FPCEUP, onde me sentiria mais abrangido pela designação "Psicologia".
5. Esta discussão pode sim ser um preciosismo se estivermos à beira de uma série de fusões de Faculdades. Se nos juntarmos a Letras e/ou a Economia então talvez possamos todos, juristas e criminólogos, andar na Faculdade de Ciências Sociais (e Humanas) da Universidade do Porto.
6. A expressão curso já nem existe para ser correcto. Neste momento o que existe são ciclos de estudos. É inacreditável como já dentro de Bolonha há tanto tempo ainda há estudantes a menosprezar os estudantes de mestrado. A tendência é para eles terem um relevo tão importante ou maior que os outros na vida da faculdade. Lá fora há já muitos dirigentes associativos em mestrado e já conheci alguns em doutoramento. Para além dos mais há no estrangeiro Universidades sem licenciaturas, que só têm mestrados. A própria Universidade do Porto creio que pondera a abertura de uma "escola de doutoramentos", que seria semelhante a uma Faculdade. A realidade mudou muito com Bolonha e é preciso estar atento aqui.
7. Isto não é uma questão de status. As faculdades não ganham status pelo nome que ostentam, mas ganham nome pelo status que têm. Não vai ser o fim do nome ou da sigla que vai garantir ou impedir alguém de ter emprego.
8. A ser feita uma mudança que seja feita em breve. Acho que não podemos esperar muito sob a pena de o nome FDUP ganhar um peso histórico importante. Eu nunca defenderia o fim do nome Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Não se muda uma coisa que tem séculos com o mesmo ânimo que se muda o nome da algo que tem década e meia. Todos nós éramos já vivos quando a Faculdade nasceu.
9. Provavelmente eu também foi continuar a dizer FDUP e a dizer que estudei na Faculdade de Direito, mas esse aspecto pessoal não pode travar uma ponderosa razão de justiça que sub jaz a esta alteração de nomenclatura.
10. Muita gente tem pavor à mudança. Em particular à mudança de nomes. E é compreensível. Num mundo sempre em mudança são os nomes das coisas que nos vão permitindo circular por aí. Que dor de cabeça seria se as pessoas mudassem de nome a toda a hora, ou nossos restaurantes preferidos, ou as moradas dos nossos amigos. Mas há razões que nos podem fazer querer mudar. Mudámos de escudo para euro recentemente: quem já se apanhou a tentar fazer a conversão ao contrário "quantos contos são X euros?". Nós somos seres extremamente adaptáveis e não devemos portanto recear a mudança.
11. Há uma razão de justiça por detrás da mudança de nome. Esta Faculdade não soube receber apropriadamente os estudantes de Criminologia em 2006 e eles foram criando um fosso, educando os mais novos a olhar com suspeição para os colegas de Direito. E agora que nos começamos a misturar mais (por causa da Praxe, mas não só, por causada SdD, da AGNU, dos jantares, das festas, da partilha de espaços comuns, da partilha de cadeiras, etc.) é que vamos percebendo o quão fundo era essa fosso e quanto nos vai custar enquanto comunidade a sarar estas feridas. Da minha parte, sempre tentei fazer tudo o que estava ao meu alcance para compreender os estudantes de criminologia, para os integrar o melhor possível, para limpar algumas teias de aranha que ainda fazem crer a muitos que os de Direito querem a faculdade só para eles. Como disse, vão correr muitos anos até que estas feridas estejam completamente saradas, espero só que esta questão não signifique um retrocesso nesse caminho, mas tenho a impressão que termos uma FDCUP ou uma FCDUP não fazia mal a ninguém e ainda era capaz de ser um bom cicatrizante.
12. Não consigo ver o mundo divido em grandes e pequenas ciências. Quanto muito há ciências recentes e ciências antigas. A Farmácia deriva da Química e nem por isso é menor que ela. Deveria Farmácia ir para junto do departamento de química da FCUP? Por essa lógica todas as ciências deviam ir para junto da Filosofia, de onde derivam de uma forma ou outra.
Já aqui faltava um post assim =)
Às vezes tenho dificuldade em vos perceber.(talvez tenha a ver com as novas cores do blogue que dificultam a leitura)
Antes de mais, não percebo qual é a diferença entre mudar nomes a instituições antigas, seculares até, e mudar nome a instituições com uma década ou até anos.
Aquando da instauração da República em Portugal, foi abandonada a antiga denominação de Reino de Portugal (e dos Algarves?), e no entanto já assim era denominado há muitos séculos.
Também não percebo porque raio, se a FDUC deixasse de leccionar Direito, ou criasse um curso que a nível de importância se sobrepusesse ao curso de Direito, o nome não devia ser alterado.
Habituamonos ao nome Faculdade de Direito ou FDUP, e depois da "guerra" com o antigo FCDEF, que com a alteração para Faculdade de Desporto da Universidade do Porto queria passar a ter a sigla FDUP, o que não foi permitido porque já existia tal alteração, não me parece correcto agora vir alterar essa sigla, mais a mais, uma das propostas (apelidada de mais imparcial por obedecer à ordem alfabética) FCDUP cria imediata associação a uma outra instituição, que há largos anos vem caminhando tristemente para o desaparecimento que é o CDUP. Recomenda-se uma visita ao complexo desportivo Universitário, para se perceber o grau de abandono e degradação de que o mesmo padece.
Parece que a nossa ligação ao desporto é mais forte do que pensávamos, pelo menos a nível de siglas...
Quanto a alteração do nome ou não, sinceramente nunca tinha pensado nisso, mas o nome e marca(expressão muito em voga hoje em dia) FDUP já vai ganhando algum nome (nome esse que teve que percorrer longos caminhos para começar a ser reconhecido) pelo que uma nova nomenclatura e sigla só iriam trazer confusão. Por exemplo, e apesar de a mudança já ter 5anos, salvo erro, toda a gente continua a referir-se à faculdade de desporto como FCDEF, porque é esse o nome pelo qual as pessoas comuns conhecem a faculdade e ao qual associam a qualidade da instituição, apesar do formalmente já não ser esse o seu nome.
Desculpa Ary, criminologia, que eu saiba, e se formos ao cerne da questão que é o que importa quando queremos diferenciar "ciências" próximas umas das outras, estuda comportamentos sociais criminosos, ou contrários à vida em sociedade. E quem define o que é crime ou não é o direito. A definição de criminologia que puseste no teu comentário aplicar-se-ia talvez à sociologia. A criminologia, no meu entender, é um estudo dos comportamentos sociais especificado, aplicado e relacionado com o que é anti-normativo. E isso é dado pelo Direito.
Aliás, caso assim não fosse, teria mais lógica ter-se criado o curso de criminologia na fac de Psicologia do que na de Direito.
Acho que não percebeste, o que eu quis dizer n era mudar o nome de fac direito para fac de ciências jurídicas, mas sim o nome do(s) curso(s) de Direito para ciências jurídicas.
Talvez, com o tempo, se justifique haver uma faculdade de criminologia, a par de uma faculdade de Direito.
E estou para aqui a pensar, por mais bonito e justo que fosse passar a haver uma FCDUP, em termos práticos ia tudo dar ao mesmo. Veja-se a FPCEUP... Tem este nome mas toda a gente diz vou para a Faculdade de Psicologia.
Iria acontecer o mesmo. Vou para a Faculdade de Direito. Não é porque tem um status maior que criminologia, nada disso, é simplesmente porque tem um peso histórico maior. Não a faculdade mas a ciência. Nem sequer o curso, aliás até se vê que o curso de criminologia está mto mais avançado no que toca ao processo de bolonha do que o de Direito parecendo que este é apenas um curso à moda antiga compactado em 4 anos, já que n se assiste por enquanto a mudanças no modelo de ensino.
Já agora,Ary, por mera curiosidade,esta questão foi debatida aquando da elaboração dos novos estatutos da FDUP?
Desde a primeira vez que ouvi falar do tema fiquei com a impressão que vou mantendo. Seguem alguns pontos a esse respeito:
1. Temos, mesmo dentro da UP, exemplos de ambas as situações. Parece.me porém que a pratica nos mostra que em principio a opção não é a de plasmar nas siglas todos os nomes dos cursos.
Ary, não sou especialista na matéria mas não me parece que as ciências do meio aquático se insiram nas ciências biomédicas. A FEUP não tem só engenharias, etc. portanto esse argumento cai por terra.
2. É absolutamente (diria mesquinhamente) irrelevante a presença de Criminologia no nome da Faculdade. Quem realmente se importa com a integração dos alunos do referido curso na Faculdade está bem mais preocupado com questões verdadeiramente fulcrais e não com meras questiúnculas de nomenclaturas. E isto é atestado pelos próprios alunos de criminologia (os ponderados).
3. Plenamente de acordo com o Fachana quando define a Criminologia (no 2º comentário antes deste); e tu sabe-lo melhor que ninguém Ary.
4. Como em tudo na vida há sempre gente de opiniões exacerbadas de ambos os lados da barricada. Aceito que Direito tem gente mais indiferente ao curso de Criminologia, rejeito a vitimização constante por parte destes últimos acusando os juristas de os ostracizarem. Se há fosso (para quem o vê - eu não), há em grande parte culpas dos próprios alunos de Criminologia. Nunca assisti, muito menos ouvi falar de qualquer acto de inferiorização relativamente aos alunos de criminologia. Sejemos todos adultos - queremos faixas coloridas e beijinhos eleitoralistas? O percurso de Criminologia é um caminho com conquistas a pulso, com esforços normais dum curso que começa; tal como direito os teve há poucos anos atrás, e qualquer curso em emancipação necessariamente observa! E perdoem-me os críticos mas vejo Direito a abraçar criminologia como poucos cursos fazem relativamente aos novos que surgem. Querem rosas? Ninguem as tem. Há trabalho e esforço - coloquem.se também a nosso lado com questões difíceis, importantes, edificantes e não com (perdoem-me a expressão) palermices de mudanças de nome!
Falo como sincero admirador do curso de criminologia, bem como dos seus discentes. Conheço muitas pessoas que são bem descomplexadas. Se calhar esta na altura de a própria criminologia olhar para si e deixar de incutir nas suas fileiras um espírito de guerrilha face a direito. Olhem-nos vocês também com respeito e com amigos e não como curso mais antigo e pretensamente "superior".
Estamos nos mesmos bancos da mesma faculdade. Somos frutos da mesma casa. Preocupemo-nos em edifica-la por dentro e não em pinta-la por fora. Porque ate podemos ter nome mas isso em nada resolve os complexos existentes. E é contra esses mesmos complexos que nos devemos insurgir. Criemos um faculdade fraterna e não nos refugiemos em pormenores que só alimentam o espírito de guerrilha!
Um abraço dum jurista à disposição dos criminólogos, todos alunos da mui nobre, sempre leal e invicta Faculdade de Direito da Universidade do Porto.
Tinha feito um comentário enorme mas apagou-se...E agora já não tenho tempo para voltar a escrever...
No entanto ia chamar exactamente atenção ao que o Show acabou de postar...
Nesta discussão(mais nos corredores do que aqui felizmente) tem começado a correr o que mais suspeitava que ia acontecer e mais lamento. Bastante discurso de vitimização...E bastante de superioridade...
Sempre que falo deste assunto, falo com pinças porque há alunos nos dois cursos preconceituosos que se sentem ofendidos por tudo e por nada.
Este tipo de complexos não deveriam ter lugar na nossa faculdade...E é preciso dizer uma vez por todas, que há erros de ambas as partes.
Direito não soube receber Criminologia? Soube tão bem que a recebeu da forma errada...a paternalista!
Criminologia não soube ser bem recebida? De longe que não! Basta ver nas actividades extra-curriculares (que são as que fazem crescer a faculdade como um todo fraterno) que é uma luta para que vão alunos de Criminologia. E eu não discuto que existam jantares de Criminologia, é um luxo que um curso com menos alunos se pode dar, mas discuto que quando existam jantares da Faculdade, sejam os de Direito a aparecer, com felizes excepções de Criminologia...
E desde já felicito os alunos de Criminologia que tem lutado com esta realidade e se esforçam por tornar a faculdade extra curricularmente(esta é a faculdade que nos cabe a nós construir) de todos.
Todo o apoio que foi dado há Comissão de Crimi é no sentido de aumentar o extra.curricular que é o que cria amor e ligação a uma casa!
Nesse caminho que se cruzem os estudantes e os cursos, que existam actividades para os de Direito e para os de Criminologia, que existam actividades para todos, mas onde todos apareçam!
Se me perguntarem se a faculdade está melhorar neste sentido? Imensamente, porque existe, e cada vez mais, um conjunto de pessoas activas e de mente aberta de criminologia. Se me perguntarem se o nível desta discussão tem estado à altura, não de longe!
Porque a discussão sobre o nome da faculdade não tem sido sobre a distinção dos saberes, mas por uma igual dignificação que não se faz num nome mas sim nas atitudes!
Lá está DC, é uma questão de marcas. A marca FDUP não está sedimentada, a marca FDUC está. Claro que se houvesse razões de peso para a alteração do nome de uma marca estas teriam de levar a melhor, mas no que a mudanças de nome diz respeito, quem tem mais a perder são as marcas mais estabelecidas.
Fachana, a criminologia tem essa limitação feita pelo direito? Embora isso seja tendencialmente verdade recordo-te que não é bem assim: fenómenos como a segurança e insegurança, a prostituição, a toxicodependência, são estudados pela criminologia, independentemente de, numa dada ordem jurídica serem ou não crime. Isto parte de uma diferença fundamental entre direito e criminologia: o Direito existe em função de um ordenamento jurídico e por isso é tão diferente em todo o lado. A criminologia é ciência com vocação mais universal, desligada de ordenamentos jurídicos concretos. E já agora foi mesmo quase por acaso que Criminologia não foi para a FPCEUP.
A Assembleia Estatutária não tinha poderes para decidir quanto a isto. A decisão é do Conselho Geral da UP e implica uma mudança de estatutos da Universidade, já que os nomes das UO estão lá inscritos.
João, ciências do meio aquático têm também, na forma como são lá leccionadas, uma componente médica, ou melhor, veterinária forte. (Cuidar lá dos golfinhos e das tartarugas ...). Quanto às engenharias só me lembro de uma não engenharia: gestão industrial, que está na FEUP por estudar formas de organização das actividades desenvolvidas pelas engenharias. Creio que com esta explicação o argumento fica bem de pé. Se Direito abrangesse Criminologia ainda que remotamente eu não estava deste lado.
Acho muita piada a essa forma de rotular as pessoas: "os moderados" os "ponderados". Por oposição aos "radicais", os "furiosos"? João, não venhas para aqui com demagogia barata que acho que todos aqui nos conhecem bem o suficiente a ambos para saberem a quem enfiar as respectivas carapuças.
As questões substanciais? Hás-de me dizer quais! Se calhar nestes anos não reparei que eles andam uma estrela de david ao peito e têm recolher obrigatório. Do ponto de vista substancial eles são em tudo iguais a nós, ou não? Os aspectos que falham são os simbólicos.
Se não ouviste esses lamentos como podes falar em victimização? Todos os que já nos demos ao trabalho de sentar com pessoas de criminologia nos apercebemos do seguinte: há uns, que tu chamas moderados, mas que na verdade são uns dez e estão quase todos na Praxe, há alguns que ainda vão às "nossas" coisas e por último há muitos que só não declaram independência porque não podem. Acredita que este último grupo tem bem mais adeptos que o primeiro e admite que a situação do segundo não é propriamente muito simpática. Se tu tivesses estado no jantar de Criminologia, tinhas percebido do que eu estava a falar. Há muitas pessoas de criminologia que não suportam as de direito porque sempre lhes disseram que eram todos uns arrogantes que não gostavam de criminologia. Eu já ouvi isto a ser dito da boca de mais de pelo menos três pessoas e não acredito que sejam as únicas.
Acho que tens toda a razão quando dizes que eles não devem esperar rosas e que nós até temos feito algum esforço. Mas será que não é esse também o nosso dever de irmãos mais velhos? E sim, se calhar Criminologia só terá o seu espaço firmado quando o conquistar a pulso, quando provar que o merece e talvez só ganhe o respeito dos juristas quando a eles se juntar em causas mais nobres que esta. Mas não podemos nós querer acelerar esse processo, dando nós o primeiro passo?
E tens razão uma vez mais: o fosso não foi cavado por nós, mas por eles face à nossa indiferença inicial. O fim disto talvez seja simétrico: só eles podem construir as pontes, mas estimulados pela nossa vontade de chegar até eles.
Não é refúgio nos pormenores, é atenção aos detalhes, aos símbolos. Perdoei-me a comparação ridícula, mas também não custava nada aos pretos sentarem-se na parte de trás do autocarro durante o apartheid nos EUA, ou sentarem-se nas galerias no teatro, ou terem casas de banho diferentes e escolas próprias. Talvez nessa altura tu me dissesses: o que interessa é que eles possam votar, que o casamento entre raças seja legalizado. E sim, terias razão, mas às vezes são as pequenas coisas que revoltam mais que as grandes. Casa-se uma vez na vida, vota-se aí uma vez por ano, entra-se num autocarro todos os dias. E talvez não tenha sido por acaso que a revolta começou por aí.
E permite-me terminar dizendo que eu também tenho um sonho =)
Concordo contigo em quase tudo, Hugo, mas uma vez mais acho que vocês não estão a ser capazes de calçar os sapatos do outro. Não creio que tenha Criminologia tenha sido recebida com paternalismo mas com total indiferença. Lembras-te de alguma coisa feita pela AE de então para evitar o que agora se assiste? Eu lembro-me que a Cristina, no final do ano foi para o desportivo e mais nada.
Agora sim creio que se está a melhorar e para isso basta ver o que se passou no AGNU, ou na Gala de Natal. Há é um longo caminho a ser percorrido.
O paternalismo vem para o facto de se pensar que devia ser feito ou ter sido feito alguma coisa em especial pra Criminologia. As actividades de recepção são para TODOS, culturais ou desportivas ou o que quer que seja...
Tem sido negligenciado sim a parte pedagógica, de defesa dos interesses dos alunos, sou o primeiro a fazer esta crítica. E daí um conjunto de medidas que foram tomadas por nós(quer AE e com preciosa ajuda do Luís e do Óscar, mas tb da Pini da Constança da Cláudia etc etc, quer o Hugo,Ary e MJ na estatutária), como a Comissão de Curso Crimi ou a obrigatoriedade de presença de alunos de Crimi nos Orgão da faculdade.
Agora a D-League é para todos e até são campeões alunos de Crimi, assim como uma gala de natal ou um AGNU(que bonito foi ver Iuris FDUP Junior, Amnistia, ELSA, SD e AEFDUP no mesmo cartaz).
Há coisas interessantíssimas a fazer para cada curso em separado(como workshops por ex.), mas há coisas que não são dos alunos de direito nem dos de crimi, são da Faculdade. Desde as Tunas, o grupo teatro, à SD ou a um simples convívio ou festa...
Não há aqui meninos especiais de Direito ou Criminologia pois não? :D
Do ponto de vista da estratégia de Faculdade concordo contigo.
Gostava também de saber a opinião de alunos de criminologia.
Cfr.: http://jornal-tribuna.blogspot.com/2009/12/orgulhos-projectos-e-conhecidos.html
Whatever...
Mas lá está Ary, foi por mero acaso Crimi ter vindo para a FDUP do que para a FPCEUP. Mas então pq é que a UP n decidiu criar uma faculdade autónoma para Crimi? Porque se calhar n achou que devesse estar separada do Direito ou da Psicologia n é?
Custa-me a crer que haja assim tantas "virgens ofendidas" ou "porcos arrogantes" na FDUP cmo dizem. No meu entender n vemos muita malta de Crimi presente em actividades extra-curriculares por 2 razões: 1o é um curso muito mais exigente que Direito do ponto de vista de acompanhamento das aulas- eles n estudam só para os exames, têm trabalhos e etc...é natural que n tenham tanta disponibilidade para estar presente em tudo; 2o além de serem um curso pequeno (cerca de 40 pxoas por ano) metade é malta já crescida que trabalha e que pouca paciência tem para ser estudante.
E se formos a ver bem as coisas, n vejo que haja assim um tão grande desinteresse de Crimi pelas actividades com a malta de Direito. ora vejamos, se num universo de 700 (ou mais) alunos da FDUP participam pouco mais de 150 ( e talvez até esteja a ser generoso), num universo de 50 pax., participarem 4 ou 5 até que está proporcional a Direito.
O curso é mais trabalhoso...é verdade...
Quando me refiro a "actividades" refiro-me mais às pontuais, e aí todos podem tirar um tempinho, isto se quiserem...
E dpois isso da proporção é uma enorme falácia...Por exemplo, é mais fácil toda gente do curso se conhecer e ir toda gente a um jantar de Crimi por exemplo. isso era dificilimo para direito...Há diferentes realidades...Apesar de por vezes se exigir demasiado das pessoas de Crimi, como se elas tivessem obrigação de ir a qualquer lado...
A "dedicação" à faculdade depende apenas de cada um de nós...e se há uns que podem, há outros que não podem e há outros que simplesmente não querem...Nos quereres há diferentes sacrificios, mas a postura perante a faculdade é reflexo de uma postura perante a vida...Perceba isto cada um como quiser!
depois de ter lido todos estes comentários, tenho que confessar que andei dois anos e um semestre a dormir na FDUP pois sinceramente nunca tinha percebido que nós éramos maus com os alunos de criminologia, que os afastamos e muito menos que eles nos odeiam... :o eu respondi ao inquérito da AE mas nunca o cheguei a entregar, mas confesso que afirmei uma posição contra a alteração do nome. Primeiro porque Direito é um curso com demasiado peso para não ter o seu nome consagrado numa faculdade, depois porque criminologia tem pouco peso e quando ganhar já peso e experiência, deveria ser uma faculdade autónoma, devido à importância que eu acho que esse curso tem.
espanta-me contudo que os alunos de criminologia considerem que somos hostis para com eles, ou presunçosos ou algo do género, pois eu nunca vi ninguém a discrimina-los ou a menorizar o curso... além de que vários estão integrados na faculdade participando na SdD e no tribuna, a título de exemplo!
honestamente acho que é pouco mais que um preciosismo. se criminologia e direito são assim tão tristemente incompatíveis o que é que o curso de criminologia faz na faculdade de direito? estaria melhor na fceup? que teria de mudar o nome para faculdade de ciências da educação, criminologia e psicologia?
Concordo com o DC ao dizer que o nome FDUP já começa a ganhar o seu espaço, mas, e fora ironias, se os estudantes de criminologia não se revêm de todo no nome da instituição em que se inserem, ao ponto de se tornar fulcral um consenso, eu sou adepto de uma designação geral, ainda que abstracta, mas que não chateie ninguém.
agora não esqueçamos que arquitectura paisagista está em ciências e não na faup. e que engenharia informática, que pouco tem a ver com a clássica engenharia civil estão ambas na feup.
SFM, o que interessa nas designações abrangentes são as "formas mentis". Na engenharia civil e na informática elas não diferem muito, só muda o objecto. História da cidade do Porto e História da Arte também são muito diferentes, mas a técnica, o prisma, são idênticos.
FDUP já começa a ganhar o seu espaço, mas ainda vamos a tempo de corrigir um erro.
Daniela, a tendência está muito mais para agrupar faculdades do que para lhes dar autonomia. Lembro que não há muito tempo andaram por aí a circular planos para haver cinco Faculdades na U. Porto. E as feridas são bem mais profundas do que às vezes se possa pensar. Só para dar outro exemplo, já ouvi pessoas a dizer que para elas não interessava nada serem da FDUP, no que elas tinham orgulho era de serem da primeira escola de criminologia do país.
Fachana, Criminologia tem 190 estudantes e já entram cerca de 80 por ano, dos quais cerca de 20 são TE. Com a abertura de mestrados no próximo ano, a tendência será para eles representarem cerca de 1/3 da Faculdade. Daqui a dois anos é bem possível que uma em cada três pessoas daquela Faculdade seja de Criminologia.
continua a não fazer sentido para mim alterar o nome... eles têm uma afinidade com direito e foram acolhidos nessa faculdade, é no mínimo estranho que têm assim tanto pavor ao facto de estudarem num sítio chamado FDUP!
eu concordo com que relembra o facto de haverem cursos em faculdades em que não são englobados, e o facto de se tentar justificar isso com certas afinidades, peca a meu ver pelo facto de serem o mesmo tipo de afinidades entre direito e criminologia... nem sequer entendo esta discussão... quer-me parecer que existiam coisas bem mais importantes para discutir :o
apenas um exemplo: o que é que sociologia tem a ver com letras?
O termo "Letras" foi cunhado precisamente de forma a ser tudo e mais alguma coisa. Letras é o mesmo que dizer ... números! Se encontrarem qualquer termo equivalente que englobe tudo ...
Eles serem acolhidos na Faculdade? Eles são a Faculdade! Os erros dos outros não desculpam os nossos e haver uma Faculdade com o nome errado é algo que deve perturbar a todos.
Não estamos perante preciosismos, estamos perante uma questão política que deve ser encarada com seriedade. A Faculdade não deve mudar de nome de ânimo leve e esta discussão tem de ser tida.
As afinidades de Direito com Criminologia são as mesmas que as Criminologia com Direito. Isso ao mesmo é certo como o Porto ter as mesmas pontes que Gaia. Não há razão para os cursos não estarem em pé de igualdade. Digam-me por que é que há um curso que tem direito a estar na fachada e outro que tem direito ao nome num corredor do piso zero? Nada justifica a manutenção desta injustiça.
ARI, MAS É UM ERRO A FDUP GANHAR ESPAÇO???
E já que fizeste aquelas comparações estúpidas com o apartheid e tudo mais, é a minha vez de fazer a minha, esta discussão parece uma que se passou há uns tempos, e que pelos vistos já passou a partido pololítico, que era de consagrar constitucionalmente, com acompanhamento da restante legislação, os direitos dos animais.
A questão das proporções foi muito bem levantada (pelo Fachana?) porque saindo já da discussão do nome da faculdade, não deveria haver um esforço também para integrar os alunos de direito que não aparecem em nenhuma actividade extra-curricular, é que, proporcionalmente, ultrapassam largamente os alunos de criminologia que não aparecem nas mesmas.
Parece é que a associação, ao ser verdade o que a Daniela diz sobre o inquérito (e não tenho razões para duvidar que não seja), anda com demasiado tempo, e dinheiro, que o papel e a tinta ainda custam dinheiro, livre e então preocupa-se com falsas questões...
Talvez se não tivessem um jantar/gala de Natal megalómano, como já vem sendo habitual em alguns eventos organizados pela AEFDUP, e em vez de fazerem um jantar a custar 30€, num sítio todo XPTO(e caríssimo por sinal), a pagar a pessoas para tratarem do som, se fizessem um jantar a preços mais acessíveis, talvez tivessem ainda mais gente de criminologia e de direito também.
Pessoalmente, e em 5anos de faculdade, muito poucos foram os eventos da AEFDUP em que participei por vontade própria(à excepção da D-League não me estou a lembrar mesmo de mais nada), porque nunca nenhum me cativou. O mais certo é o problema até ser meu, mas também pode ser das actividades não serem cativantes para algumas pessoas,e aquelas que até poderão ser engraçadas, têm preços proibitivos.
FDUP, FDCUP, FCDUP, vai ajudar alguém a sentir-se mais integrado e a gostar mais da sua faculdade? A mim não me parece, mas se calhar há por aí muita gente que acorda com suores frios durante a noite a pensar, é tão discriminatório que uma faculdade com 2cursos não tenha na sua sigla/nome referência aos 2, ou ainda quem desista do curso de criminologia porque a faculdade não tem referência ao nome do seu curso...
Ari lamento informar que Gaia tem mais uma ponte sobre o Douro do que o Porto.
DC,
Obrigado pela informação sobre pontes.
O erro obviamente que não é a FDUP ganhar espaço, mas a Faculdade chamar-se Faculdade de Direito. Acho que se percebe bastante bem isso.
O jantar de natal é num sítio xpto e tem o preço que tem porque as pessoas querem um jantar assim. Compara para a nossa dimensão a assistência dos nossos jantares de natal com o de outras faculdades. Compara mesmo que a afluência a jantares bem mais baratos em que se pode comer por quatro ou cinco euros. Numa associação que represente os seus estudantes tem de ser assim: as pessoas querem, nós fazemos.
Eu gostava muito mais de fazer um jantar de natal no sr. nelson a 6 euros. Perdi, pelos meus cálculos, mais de cem horas com este jantar e como eu sei de pelo menos quatro ou cinco que devem ter passado das cem, paguei trinta euros e passei o jantar a trabalhar, que mal toquei na comida, mas fi-lo porque cheguei ao fim e tive muita gente a dizer que foi a melhor festa a que já foram na Faculdade e que valeu cada cêntimo.
Se fizéssemos o jantar na cantina como faz engenharia, ou na confeitaria palácio tenho a certeza que não só não teria tanta gente, como não seria tão memorável para quem vai.
Se visses os inquéritos percebias que essa pergunta é apenas um de muitos poucos sobre que decidimos ocultar os estudantes. E se isto é importante para tantos deles como os que estão neste momento a votar no site da AEFDUP, então parece-me que vale a pena.
Para tua informação a sondagem vai 112 não contra 90 sim. Mesmo que sejam só os 90 a dizer sim acho que já era significativo o suficiente para ser discutido, mas de forem 44% dos estudantes a ter esta posição, então parece-me que estamos em altura de pensar seriamente nessa possibilidade.
Quanto às restantes actividades da AEFDUP estamos bastante satisfeitos com a adesão que têm tido. Este semestre foi feito mais do que o ano passado e com bem mais participação. Lamento que ao longo de todos estes anos tenhas encontrado tão pouco do teu agrado na nossa programação, mas acho que ficaste muitas vezes a perder por não ter ido a algumas actividades.
Voltando à questão da Criminologia do nome: eu gostava de andar num sítio que tivesse o nome certo. Não é por nada, mas deve ser chato perguntarem-te: "em que faculdade andas?" "Faculdade de Direito" "E queres ser advogado, ou juiz?" "Eu estudo criminologia(...)" Os rótulos, os nomes, as marcas, servem para identificar e eu não me sentiria igualmente identificado por um nome que pouco tem a ver comigo.
Os sinais têm um valor próprio e podíamos aproveitar para darmos um sinal importante aos estudantes de criminologia. Dizia-me alguém que quando um grupo de junta e começa a falar sobre a segregação de que supostamente são alvo, este é sempre o primeiro argumento que vem à baila. Porque não retirar-lhes esse argumento? É que depois de termos esta discussão até eu começo a pensar que é só uma questão de má vontade.
Em defesa de honra (já tardava :)
1- O inquérito não era apenas sobre este tema, havia mais um conjunto alargado de questões. E parece-me importante fazer este tipo de acções.
2- A AEFDUP pratica preços mt abaixo do preço normal dos eventos que vês por aí. Devias saber mais de história da FDUP que eu pois és mais velho, e saber que o Jantar de Natal quando não era nestes moldes não tinha metade(e digo msm metade) das pessoas. E esta é a ÚNICA actividade em que reconhecemos ser um preço elevado e que envolve um esforço, mas se o pessoal quer uma actividade deste género sabe o preço a pagar(e nem sequer é preço de custo, é mt abaixo). Acredito no entanto que a grande maioria te vai dizer que valeu mesmo a pena!
Se não gostas deste, tens alternativas como jantares com bebida à discrição ou tens churrasco com ENTRADA LIVRE(Este ano o Direito ao Rio bateu recordes de uma festa da faculdade com 321 bilhetes vendidos, mas tb tens festas no via rápida, mas se não gostares de discotecas temos convívios em bares também).
Se não gostas de nenhum, então não sei do que gostas neste ambito.
3- Se nenhuma conferência ou workshop(que nestes anos poucas devem ter sido as matérias que não tocaram) em 4 anos te agradou, então também, com sinceridade, não sei mais que fazer...
4- Já tiveste bandas ao vivo a tocar covers e festivais de tunas...Presumo que gostes de Fado Académico, já actuaste pelo menos num evento nosso de celebração do 25 abril, com participação musical também da Associação José(Zeca) Afonso...pah..só se não gostares de música, o que não é o caso...
5- etc etc. Escolhe o tema, se não fizemos e se for atractivo prometo fazer no 2ºsemestre.
6- Dizeres isso conhecendo a nossa variedade de actividades...Não ficas bem na fotografia DC(curiosamente tivemos um workshop de fotografia).
6- Aceitamos a crítica da organização, não a crítica da variedade. Aí estamos na vanguarda
7- A adesão tem sido óptima este ano, o facto de querermos mais gente não significa que tenhamos pouca, acho que até à escala, temos uma faculdade que adere bastante às actividades. Como em tudo à actividades com mais sucesso que outras. Mas basta ver por exemplo, no jantar de natal ou no direito ao rio mobilizamos bem mais que 300 pessoas em cada, e na semana de conferencias e workshops ultrapassamos as 200 largamente. A faculdade nunca viveu um momento tão bom e alargado a nível de actividades e adesão. E se contarmos todas as actividades dos Grupos académicos e em que mt raras excepções a AEFDUP não apoia, então nem é bom falar da quantidade, qualidade e variedade...
7- Isto é parelelo...enfim, é escusado ter que vir para aki contrariar ataques que não tem nada a ver com o tema em discussão...
Pronto Ary...já tinhas respondido...
Já viste o descalabro se tivessemos dado respostas diferentes?
Ao menos mostramos a nossa sintonia ;D
de facto a ae não pode ser acusada de não tentar abranger todas as pessoas... mas ó hugo, falta uma saída a um bar de rock and roll :)
Bota fazer Daniela? Tou a falar a sério!
:D
Ary, eu não quero ser advogado nem juiz, e no entanto gosto do nome da minha faculdade.
Hugo, se o preço do jantar de Natal foi bem superior ao que as pessoas pagaram, então ainda é pior, porque quer dizer que a AEFDUP ainda teve que meter dinheiro.
Quanto à história da FDUP, não sei com quem tens falado, mas sempre ouvi dizer que a festa de natal da faculdade tinha a participação da maioria dos estudantes, professores e funcionários.
Talvez se o jantar fosse mais barato tivesses ainda mais pessoas, e se calhar conseguias um jantar nos mesmos moldes.
Quanto às actividades da AE serem aliciantes, eu comecei por dizer que o defeito deve ser meu.
Quanto ao apoio a grupos académicos, ambos sabemos que isso é só para alguns.
Em relação ao nome da FDUP continuo a achar que não há qualquer necessidade de mudar o nome, mas pronto, tem sempre que haver alguma coisa para as pessoas se entreterem...
Eu também acho que não quero ser juiz nem advogado, mas tenho o luxo de ter estar numa faculdade cujo nome indica o que ando lá a aprender.
Não percebo a tua critica quanto aos grupos académicos. Vais ter de me explicar isso.
Esta discussão aqui não nos leva a lado nenhum...Convido-te a rever a história, pelo menos dos últimos 4 anos que é a que sei melhor...E verás que foi este modelo que trouxe esta gente toda...Vale a pena uma vez por ano!
Revisitei os grupos académicos todos na minha cabeça...e ainda percebi menos isto que disseste...Se há coisa que nos orgulhamos é da nossa actual relação com todos os grupos académicos, nem que seja pelo facto de na AE estar pelo menos um elemento dos 15 grupos académicos da faculdade(exceptuando o Direito à Cena desde que o Sérgio mudou de curso)
Coitados dos gajos do Instituto Superior Técnico que em lado nenhum diz que eles andam a aprender Engenharia...Dizem que vivem numa depressão constante e só por causa disso se matam a estudar, já para não falar da percentagem altíssima de suicídios nesses alunos, e cujas cartas de despedida começam sempre por: "Porque a minha faculdade não tem no seu nome uma referência ao meu curso pratico este acto..."
Hugo, não é só por teres na DAEFDUP, um membro de cada um dos grupos académicos que os estás a ajudar...digo eu vá...
quanto ao facto de haver pessoas de criminologia que não se revêm de todo na designação 'faculdade de direito' também há gente de direito que não pode ver advocacia ou magistratura à frente. muda-se então o curso de direito para curso de jurismo ou algo que o valha?
mantenho o que já disse. mais vale um termo geral que pelo menos seja consensual, se a cisão entre direito e criminologia é assim tão flagrante e incómoda. ou então, em desespero de causa institui-se a escola de criminologia da universidade do porto, e agrda-se a gregos, a troianos e a norte-americanos. acho só que dividir para reinar nunca deu muito bom resultado. e nomes enumerativos soam mal
DC,
O técnico ao menos bem que os inclui a todos.
Não conheço um grupo que de uma forma ou de outra não tenha sido apoiado pela Associação durante o último ano. Alguns de forma mais explícita, outros de forma mais discreta, mas não me lembro de nenhum que possa dizer que a Associação não fez nada por eles.
SFM,
Eu também prefiro um nome mais genérico a designações enumerativas, mais não seja esteticamente. O problema é que Direito nada tem de designação genérica.
A questão com o jurismo confesso que não percebi. O curso de direito não foram advogados nem juizes, forma juristas e felizmente eles têm mais alternativas.
Não percebo é por que é que esta é uma questão que gera tanta polémica junto de pessoas que a acham assente em preciosismos.
Não me querendo pronunciar sobre a questão lateral que foi suscitada, digo apenas o seguinte:
1. reafirmo+uma vez que acho que é um pleno "fogo de vista" esta questão dos alunos de criminologia em geral se sentirem discriminados pelos de direito.
2. Não é mudar o nome que vai ficar tudo bem. Se existem atitudes discriminatórias, então tem de partir das próprias pessoas parar com essa discriminação. Não é a mudança de um nome que vai fazer isso.
3. perder tempo e "energias" com esta questão em detrimento de outras preocupações bem mais emergentes parece-me errado. Em vez de querer acabar com a "marca" FDUP seria bem mais produtivo questionar se essa "marca" vale tanto cá fora como se diz que vale aí dentro e, em resposta negativa, procurar dignifcá-la ou dar-lhe outra força. Em meu entender acho que para quase 15 anos de vida deviamos estar muito mais à frente do que estamos. E analisar, no fundo, se os bonitos discursos que concerteza se irão ouvir nesta 4feira não serão bonitos de mais...
Estou a ver que por aqui se desprezam os sinais, os símbolos, os gestos, os rituais e os poderes quase diria curativos da metalinguagem. Lamento ser, ou parecer ser, o único paladino desta donzela, mas acabo a discussão ainda mais certo da justiça e oportunidade da mesma.
Não há energias desperdiçadas numa luta que considera ser contra a descriminação.
Tem-se feito bem mais nestes últimos meses pela do que eu tinha visto ser feito em muito tempo e isso pelo menos de consciência tranquila.
Quinze anos sinceramente acho muito pouco tempo na vida de uma Faculdade e menos acho que é quanto mais lá estou. As grandes construções, as grandes marcas, raramente surgem de um momento para o outro e quando o fazem também é para desaparecerem de um momento para o outro.
Shiu fachana.
A mudança de nome da faculdade não é um cavalo de batalha, mas sim O cavalo de batalha...Isso que falas de dignificar a "marca" FDUP, ou até coisas mais pequenas como melhorar as condições das salas de aulas, colocar uma luz decente na biblioteca, melhorar a qualidade do ensino, a qualidade e justiça das avaliações, são bagatelas sem importância porque o nome "FDUP já começa a ganhar o seu espaço, mas ainda vamos a tempo de corrigir um erro.", o importante é tornar o nome da faculdade mais justo/igualitário.
Isso e apoiar cada um dos 15grupos académicos da faculdade, se não for com mais nada pelo menos com um membro da DAEFDUP, mas assim sempre podemos dizer que apoiamos.
Se querem mudar o nome da faculdade pelo menos chamem-lhe FOADDETEQAUP (faculdade onde a doutrina diverge em todo e qualquer assunto da universidade do porto) assim era suficientemente abrangente para incluir as 2licenciaturas, os mestrados, os professores, alunos e até a relva do jardim se ia sentir incluida uma vez que uma cresce para um lado e outra para o outro.
E já que está tanto na moda, podiam promover uma discussão alargada aos vários quadrantes da população da faculdade (alunos, professores, funcionários, seguranças, sras da limpeza, alunos de farmácia, do icbas, e mm os srs do CIIMAR) e depois reuniam uma série de nomes possíveis, faziam um debate, na alfândega, precedido de jantar e regado com bebida à descrição(para que a faculdade aparecesse em peso) onde cada um apresentava as suas propostas e depois faziam um referendo. Aí sim a decisão seria justa.
Se o resultado não fosse do agrado da Direcção, aí para o ano voltava tudo à estaca zero...
Já te pronunciavas sobre a questão lateral.
A título de curiosidade, o valor que corre por aí, referente à quantia que a AEFDUP desembolsou por pessoa é verdadeiro? E quantas pessoas teve o jantar de Natal?
Ari, eu sem pensar muito lembro-me de um grupo, mas tudo bem.
DC,
Sinceramente começo a achar que já não queres discutir, já não queres convencer nem ser convencido, queres é gozar um bocadinho. Tudo bem, continuas a ser bem-vindo aqui, mas vais-me escusar se eu nem sempre te levar a sério.
Não percebo porque dizes que esta questão é cavalo de batalha. Devo ser a única pessoa da Direcção que apoia uma mudança do nome e provavelmente a única pessoa de Direito, portanto meteres a DAEFDUP nisto é perfeitamente absurdo.
Quanto à questão da FDUP ganhar espaço ser um erro deves ter sido a única pessoa que não percebeu o que eu disse. Vai lá confirmar que vale a pena. Depois não precisas de pedir desculpa, que eu felizmente não preciso da massagem ao ego.
Quanto aos apoios também só podes estar a fingir-te de despercebido. Eu também vou fingir que não li o que disseste a esse propósito. Acho que se pensares um bocadinho, ou simplesmente perguntares às pessoas desses grupos, chegas lá.
Se tivesses ido à RGA de hoje podias ter visto quanto é que o jantar tinha custado e mesmo perceber quanto é que a AEFDUP desembolsou. Numa Associação não há rumores, ou pelo menos eles deixam de existir quando são apresentadas contas. Como não foste à RGA, como aluno interessado em "dignificar a "marca" FDUP, ou até coisas mais pequenas como melhorar as condições das salas de aulas, colocar uma luz decente na biblioteca, melhorar a qualidade do ensino, a qualidade e justiça das avaliações". Talvez se tu e outras pessoas começassem a aparecer e a expressar a sua opinião, talvez tivéssemos uma Faculdade em que não há rumores quanto a matérias que são públicas e então talvez as Direcções tivesse um bocadinho mais de força na representação que fazem dos seus estudantes.
Mas enquanto tu e outros continuarem a achar que os corredores e os blogues é que são bons para malhar seja em quem for acho que vai ser bem mais difícil cumprir qualquer um dos teus supostos objectivos.
Ari,
Eu acho que os antigos alunos não participam nas RGA, por isso, e porque estou a trabalhar não compareci lá.
Não sei se reparaste mas tu também não queres ser convencido, simplesmente queres convencer com argumentos que não fazem grande sentido, isto no meu entender.
Quanto ao que tu escreveste, foi precisamente o que eu citei, repara que não acrescentei nada, que tu não queiras dizer o que escreveste tudo bem, mas não me passes um atestado de estupidez simplesmente porque não te expressaste da melhor maneira.
Quanto ao valor que a AEFDUP gastou, eu ouvi falar em 30€ por pessoa, não sei se é real, e prefiro acreditar que não é.
Quanto aos grupos, vou ali mandar um mail à malta de um dos grupos e já te venho dar a resposta!
Enfim...
Ary,
dispenso a fuga nas respostas para o ataque pessoal. Demagogia? Se queres fugir e entrar por aí também todos estamos cansados dos teus academicismos bafientos que as vezes não passam de tiros de polvora seca. Peço que possamos combater argumentos e não estilos - isso sim, vai tornando o teu discurso credivel e interessante!
Não vou discutir nada em especial já que mutio tem sido dito e repetido.
Chamo novamente a atenção, primeiro, para o facto de estarmos a discutir preciosismos! Unamo-nos em torno de questoes fundamentais como algumas das que ja foram acima enunciadas~.
Em segundo, vejo tanta preocupação em defender as virgens ofendidas de criminologia e pouca vontade de os lançar à vida. Principalmente no teu discurso ary, ainda não te vi reconhecer que atitudes disciminatorias ten existindo da parte dos juristas. Mas atitudes de vitimização já nao sao assim tao poucas por parte dos criminologos. Há tanta preocupação com os meninos dentro da redoma que me espanta! as actividades academicas, e tantas e boas tem sido, não são para todos? É culpa de direito a falta de envolvimento das pessoas? Somos todos adultos meus senhores, não somos "vidrinhos de cheiro". Trabalhe-se, em conjunto, em prol da nossa Faculdade que tanto precisa de união para fazer face a tantas tentativas de a desunir.
P.S. onde estão os comment ao post dos alunos de criminologia? é culpa minha também? anda algum jurista a proibir? Poupem-me..
DC,
Não terias sido o primeiro ex-estudante a estar presente numa RGA. Se quiseres aparecer na próxima sexta-feira lá terem todo o gosto em não apenas propor a tua presença à RGA como em responder às tuas perguntas relativas ao jantar de natal, acabando assim com eventuais rumores.
Quanto à outra questão para bom entendedor meia palavra basta e eu já disse demasiadas sobre este assunto. Se não queres perceber o que eu disse não percebas, acho que fui de tal maneira claro que só por má fé alguém poderia julgar que eu disse algo diferente daquilo que quis dizer.
Eu já mudei tantas vezes de posição sobre tantas matérias que perdi a vergonha de retirar o que disse sobre muitos dos assuntos sobre que falei ou escrevi. Sinceramente muito pouco me custava reconhecer que podia estar errado, quando já o fiz tantas e tantas vezes. Isto é para mais verdade tendo eu partido para este debate mais para o animar do que por ter algumas certezas quanto ao assunto. E confesso-me até um pouco desiludido por não ter visto aqui algum argumento que fizesse vacilar a minha posição. O que vi aqui e o que tenho ouvido pelos corredores, julgo que pouco mais é do que uma tentativa de racionalizar e verbalizar um impulso emocional sobre o tema que nos leva não apenas a querer deixar tudo quanto está quando há questões mais importantes a ser resolvidas, como ainda o reflexo de um desnecessário apelo ao nome ou sigla de uma Instituição como se esta última não pudesse viver sem as primeiras.
Aquilo com que não posso compactuar é com aquilo que a certa altura ouvi na faculdade, quando a indiferença é considerada a forma mais natural para receber alguém, quando se diz que se eles querem ter o nome do curso na Faculdade eles que lutem por isso que isso é com eles, ou mesmo quando se reconhece que esta é uma questão puramente emocional e quase clubística e se continua a ter tantas certezas.
Fico à espera então da mensagem do tal misterioso grupo académico que ainda não recebeu qualquer apoio da AEFDUP.
João,
Fico triste pela facilidade como pões em causa a minha amizade e estima pessoais apenas para ganhar pontos numa questão que para mim não vale não uma nem outra.
Mas não é apenas, nem mesmo sobretudo, contigo que fico desiludido, mas sim com os estudantes de criminologia que, vítimas ou não (disso perceberão até mais eles que têm vitimologia) se alhearam de uma forma ou de outra desta discussão. A causa não é só deles, mas é também deles e eu não estou aqui para defender damos ofendidas ou florezinhas de estufa.
Recordo também que devo ter sido o único a preocupar-me, provando assim falsa a ideia de que eles estariam numa espécie de redoma. Quase toda a gente em Direito não quer saber do que se passa em Criminologia. Essa é uma triste verdade que gostava que tivesse aqui um ponto de viragem. Mais importante, mil vezes mais importante, que o nome é a existência de duas cursos que se ignoram mutuamente como se os estudantes do outro curso fossem todos estudantes de Farmácia.
Nunca pretendi ser paternalista, mas fraterno, dando voz a contestações que existem mas que pelos vistos são um pouco mais envergonhadas do que eu julgava.
Continuo sem perceber por que é que se esta questão assenta num preciosismo por que é que não a dão de barato. Eu não a posso dar porque creio estar perante uma questão de princípio, mas presumo que o mesmo não se passe aí, já que é assim um problema tão lateral.
Termino não com frase sobre grandes desígnios, com grandes apelos à união e muito menos com histórias de fantasmas que andam aí para nos dividir. Termino sim com os votos para que pelo menos esta discussão tenha servido para relembrar alguns de que a Faculdade de Direito da Universidade do Porto tem, por estranho que pareça ao olho destreinado, dois cursos de igual importância e igual dignidade, que um dia eu gostava que, como no discurso do Rei, pudessem andar de mãos dadas.
"Quase toda a gente em Direito não quer saber do que se passa em Criminologia" dizes tu.
Factos: AEFDUP tem pelo menos um (ou serão dois?) elementos de Crimi; O Tribuna tem elementos de Crimi e uma página dedicada a Crimi; A Tuna tem elementos de Criminologia (e não são poucos); A CP tem duas meninas de crimi;A Iuris FDUP Junior tem pelo menos um elemento de criminologia (não sei se serão mais) Só não te dou mais exemplos porque sinceramente não conheço. Desconheço se a Legislatuna, ELSA, DireitoÀcena, Cineclube ou demais grupos têm elementos de crimi ou não, e de certeza que estão abertos a inscrições. Desconheço mas quase de certeza que a SdD já teve debates em que participaram alunos de crimi (e tu sabê-lo-ás melhor do que eu).
Isto é prova de que Direito não se importa com Criminologia?É a prova de que Direito discrimina Criminologia? Mais te digo que, no que toca ao primeiro ano de Crimi, e em relação a um grupo, o Tribuna, de tudo foi feito para que mais alunos entrassem, mas só entrou a Joana Maltez. Felizmente acabaram por entrar mais elementos, julgo que no ano passado ou este ano.
Continuo a insistir e pergunto-te se esses lamúrios tão genéricos que ouviste de Crimi não serão lamúrios de apenas duas ou três pessoas...Caso não sejam, pf dá exemplos concretos, situações concretas que te tenham levado a teres essa convicção.
P.S. - Com isto não quero deixar de reconhecer e concordar contigo que efectivamente a FDUP não soube estar a altura de receber o 1o ano de Criminologia, a todos os níveis. Mas isto já se passou há 3 anos, e julgo que Direito nos anos seguintes corrigiu o seu erro, inclusivé com esse próprio ano e sinceramente querer ver que Direito ainda tem de pedir desculpas e se penitenciar pelo sucedido é como pensar que a culpa de Portugal estar como está ainda se deve a Salazar...
Mudando de assunto, e procurando pôr toda a gente do mesmo lado e sermos todos amiguinhos nem que seja por 3 comments ou pouco mais:
Esta casa defende que os estagiários devem é ser remunerados pelos seus paizinhos? :D
Só não percebo como é que não lhe mandaste logo uma chapada Ary...
Concordo por completo com a exposição do Fachana. Por isso e por já me ter alongado o suficiente neste espaço sobre o assunto em questão, gostava apenas de realçar um ultimo facto para encerrar hostilidades da minha parte.
Ary,
Não pus, nem nunca me passou pela cabeça por em causa a estima pessoal existente entre mim e ti por um tema que não merece isso. Considero as nossas saudaveis trocas de ideias extremamente enriquecedoras e quem me conhece, como tu, sabe ou deve saber que sei bem definir as coisas. Julgo poder esperar o mesmo da tua parte. Acho que entendemos que nos situamos no campo retorico e não no campo pessoal. Para isso seria preciso bem mais e não me exprimiria num espaço destes.
Quanto ao resto espero ter a possibilidade de estar numa RGA com a maior brevidade possivel.
Cordialmente dum "sócio" dos debates,
O cineclube e a ELSA não têm ninguém de Criminologia. A SdD nunca teve ninguém de criminologia a discursar ou na mesa. Já teve gente de Farmácia, do ICBAS, da Católica de Direito, da FEP, mas nunca teve ninguém de Criminologia. Faço aí a mea culpa que puder fazer.
Quando disse que Direito não se importava com Criminologia não pensava nos grupos académicos que naturalmente estão abertos a eles, mas das pessoas no seu dia-a-dia. Todos se interessam pela questão da unificação da cadeira x, pela questão dos horários de y, ou pela avaliação vergonha que houve a z, mas ninguém se interessa, sabe, procura saber seja o que for sobre os problemas dos criminólogos. E olha que eles têm bem mais com que se coser que nós...
Toda a gente, de Direito e de Criminologia, tem na ponta da língua as críticas ao professor w, mas quem é que sabe o que se passa em Criminologia? Quem é que se solidariza com as dificuldades deles?
Na altura em que se discutiu acesamente o regulamento das comissões de curso falei com muita gente, em especial do segundo ano de criminologia, com algumas dessas pessoas acabei por falar mesmo mais de uma hora sobre estes assuntos e por me convencer da gravidade desta questão. Depois de ter participado no jantar de criminologia fiquei ainda mais convencido das feridas profundas que existem ainda ao ponto de um professor ter falado (meio a brincar) de Direito como "o inimigo" e o nome "Direito" ter sido vaiado. E isto podem ser brincadeiras, incentivadas por um certo bairrismo e por algum álcool, mas acho que são pelo menos sintoma de um certo mal estar.
Não digo, nem nunca disse, que a culpa é só nosso (pelo contrário acho que muitas culpas têm eles como temos nós) mas esse esforço extra para tornar as coisas certas de que falavas ter sido desenvolvido no Tribuna e que eu sei que vai sendo desenvolvido na AE tem também de ser desenvolvido por cada um de nós. Eu sei que é mais confortável falar com quem vai às aulas connosco ou estuda a mesma matéria que nós, mas se calhar era mais enriquecedor da próxima vez sentarmos-nos junto daquela pessoa de Criminologia a quem até dizemos "olá" porque esteve uma vez ao nosso lado em Penal e passarmos do "olá" para o "E então, que achas da Faculdade passar a ter Criminologia no nome?". E aí mesmo que não saiam convencidos, que não vão sair, ao menos terão aprendido alguma coisa e com sorte talvez tenham ganho um amigo.
E olhem que eu já ganhei uma amiga de forma não muito diferente desta.
PS: Ainda hoje falava eu ao Manuel do facto de muitas más desculpas serem verdadeiras. Pode ser desculpa de mau pagador dizer que a culpa disto tudo ainda é do Salazar, ou da Inquisição, mas que há um fundo de verdade nisso ...
Fachana,
Acho que a nossa postura junto da Ordem pode sofrer algumas alterações. Depois de tanto o ouvir em diversas ocasiões e tanto ler sobre ele finalmente posso tê-lo entendido. E isso fez-me perdoar-lhe alguns excessos de linguagem. Mas noutra ocasião podemos falar sobre isso.
João,
O que lá vai lá vai. Espero ter a possibilidade de ver-te por aí com a maior brevidade possível para sarar tudo com duas de letra, de preferência sobre outro assunto. A tua vitória no Fiscal hoje pode servir de bom tema de conversa.
RGA, há uma na sexta =)
Amigos,
Não quero entrar na discussão, que já vai longa, e porque tudo o que teria a dizer vai de encontro ao que de alguma forma já todos disseram, hugo, fachana, joão ou ary. Apenas deixo a achega que estava hoje, depois da sessão solene, na conversa com o Ricardo Morgado, Prof. Josefina e Prof. Luísa Neto, e todos, como eu, não seriam favoráveis a esta "mudança de nome", quer por razões práticas ou mais dogmáticas.
Venho também prestar um esclarecimento devido - a ELSA não tem membros de Criminologia, simplesmente porque não pode ter. Chama-se European LAW Student's Association (muito diferente de Associação de ESTUDANTES DA FACULDADE DE DIREITO). É a ELSA Internacional que regulamenta os requisitos para admissão de sócios, aos quais estamos sujeitos, e um deles é que os sócios têm de ser alunos (ou ex-alunos, durante 2 anos) de um ciclo de estudos com uma predominância de conteúdos jurídicos pelo menos superior a metade. Motivo explicado.
Quanto ao Cineclube, posso dizer que temos por vezes nas nossas sessões alunos de Criminologia (para além dos clássicos Óscar e Bicos :p), e talvez mais frequentemente alunos de Direito, o que não quer dizer muito além das suas preferências cinematográficas pessoais. Além disso, diga-se que mais de metade da nossa audiência costuma vir de fora da Faculdade (o que por um lado é mau, mas por outro nos orgulha sobremaneira).
Beijinhos
O GF também não tem nenhum membro de criminologia. Mas também tem poucos de direito. :)
Voltando à questão de mudança de nome, a verdade é que durante o primeiro ano de criminologia, o problema não foi tanto do curso de direito que não os soube receber(pelo menos a praxe fez um grande esforço para que eles se integrassem junto com os de direito), mas sim a falta de predidposição da parte dos alunos de criminologia.
Se houve alguma, pouca vontade de direito de integrar crimi, a verdade é que, pelo menos no primeiro ano, a vontade de integração por criminologia foi praticamente nula.
Julgo também que atitudes de professores (corrige-me se tiver percebido mal) de considerarem direito como "o inimigo", não são das melhores e são capazes de deitar por terra muito do esforço feito da nossa parte.
Lembro-me, em conversas com algumas pessoas de crimi que as pessoas que se dão mais com malta de direito são um bocado olhadas de lado pelos restantes pares de crimi.
Será realmente um problema de direito?
A verdade é que se a malta de crimi acha que se sentia mais integrada na FDUP se tivesse "criminologia" no nome, deveriam ser eles a contactar as instituições e promover um consenso junto de todo o corpo da faculdade nesse sentido.
Termino com um excerto de uma letra do Sérgio Godinho "Esse que quer que tudo mude p'ra que tudo fique igual Estava marado Falsificado É desleal!" Porque não é com a mudança de nome que os problemas, ou supostos, de descriminação vão acabar.
Ari, ouviste o grupo que não recebe apoios a tocar?;)
Eu nunca disse que o problema seria só nosso. Já disse várias vezes o contrário até.
Esta não podem nem deve ser uma luta dos estudantes de criminologia, sob a pena de só vir a cavar um fosso maior com Direito. Uma luta pelo nome seria idiota e pelo contrário levaria a um aprofundamento da guetização.
Também nunca disse que os problemas acabam com uma mudança de nome, nem mesmo que eles se iriam atenuar. Para mim o nome é um problema em si, um problema talvez singelo mas simbolicamente relevante.
Relembro-te que o GF ainda não tem personalidade jurídica. Alguns dos apoios prendem-se com isso, outros com a resposta a emails enviados recentemente. Mas já agora confesso-te que acho que a AEFDUP deve mais ao GF que o contrário.
MJ,
Pelo menos sei que tenho a companhia do professor Cândido Agra, não posso estar assim tão mal =)
Uma vez que este blog não oferece a possibilidade de qualquer pessoa comentar, este comentário é da parte de algumas alunas de Criminologia.
1) Quanto ao nome da Faculdade, não consideramos uma prioridade modificar o nome da mesma para "Faculdade de Criminologia e Direito do Porto". Em primeiro lugar, porque não é isso que vai alterar o estatuto que esta licenciatura já tem não sendo essa ocultação do nome inibidora do seu prestígio. Em segundo lugar, porque há outras faculdades cujo nome não abrange todas as licenciaturas existentes. Claro que não seria algo tão ridículo ou difícil de concretizar uma vez que a Criminologia é uma ciência com autonomia mesmo sendo interdisciplinar. Apesar de esta licenciatura ser recente, a Criminologia já existe há mais de 100 anos.
2) Quanto à pouca participação dos alunos de criminologia nas actividades da faculdade, isso é algo que depende de cada um, e por isso não faz sentido generalizar. Por outro lado, e como sabemos, o plano de estudos de criminologia e o modo como somos avaliados comporta uma carga horária bastante elevada. Ou seja, não só temos as aulas, como trabalhos e testes. Obviamente, gostaríamos de ter um papel mais activo, o que nem sempre é possível.
3) Quanto à suposta "rivalidade" entre Criminologia e Direito, devemos dizer que esta pode ter existido devido aos comentários que surgiram no inicio da licenciatura por parte de alguns alunos de Direito. Porém, nunca foi nossa intenção alimentar essa competição. Pelo contrário, a atitude mais inteligente passaria, sim, pela criação de um sentimento de unificação e enriquecimento académico do qual poucas faculdades têm a dignidade de se orgulhar.
4) Relativamente ao estatuto epistemológico da criminologia: Certamente que esta não é instrumental ao Direito uma vez que as duas interagem mutuamente. O objecto da criminologia não é só o que está definido pela lei, mas também a desviância em geral. Vejamos os objectos: o crime, o delinquente (na sua dimensão biopsicosocial), a vítima, a reacção social e, mais recentemente, a (in) segurança. Mais ainda, as incivilidades não são consideradas pela lei como crimes, no entanto, não deixam de fazer parte do que a Criminologia pretende estudar.
Por enquanto, ficaremos por aqui. Sentimos que a discussão assumiu proporções exageradas e notamos algum conhecimento sem causa.
Por último, desagrada-nos a ideia de sermos consideradas “virgens ofendidas” ou de sermos generalizadas como tal. Virgens ofendidas existem em todo o lado, não só em Criminologia. E há muita gente de Criminologia que tenta (e consegue) dar-se bem com o pessoal de Direito.
E vice-versa.
Em primeiro lugar fico sinceramente envergonhada com os comentários sem sentido, sem fundamento que aqui estão postados, mas considero normal, sim é normal que muita muita gente não faça a mínima ideia do que é a criminilogia... Se o país não sabe, obviamente, vocês não seriam a excepção, salvaguardando o Ary, claro, que desde já felicito, fala com um certo conhecimento de causa do que é a ciencia criminologica.. Quanto aos outros gostaria que mostrassem alguma humildade e aprendessem algo de novo, posso inclusivé, citar autores que vos ajudarão certamente a tecer comentarios não mais construtivos como verdadeiros, porque é uma grande vergonha que a FDUP, não conheça, os próprios cursos que tem mas maior vergonha ainda é que se fala daquilo que se ignora!!! Podem também consultar o blog http://aprendercriminologia.blogspot.com/, foi criado para alunos que querem ingressar criminologia e tb para desmistificar e explicar as pessoas o que somos e estudamos, é um conselho de amiga, INFORMEN-SE E PAREM DE FALAR DO QUE NÃO SABEM!
Um bom aluno em criminologia para a compreender tem de estudar, ser cientifico, explorar entre outras coisas e completamente irrisorio que venham aqui voces de direito dizer o que e ela em meia dúzia de tretas, infelizmente, as tecnicas do direito aqui não resultam....
Mas sinceramente o que mais me fez rir foi quando disseram que a criminologia era uma area anexa ao direito????? Juro que nunca me ri tanto, não é tanto pela ignorancia mas pela superioridade com que dizem isso.... A criminologia não é uma área anexa a nada e duvido mt mesmo que voces consigam saber mais que grands autores como Candido da Agra ou Garland, duvido seriamente!!!
Criminologia podia estar com direito, com psicologia, com sociologia, com medicina, em tantas tantas faculdades, porque nós não somos um circulo fechado como direito pelo contario somos um "sistema com um conjunto de componentes variadas que ultrapassam em mt o que é o direito, a psicologia, a sociologia, etc"
Dizerem que a criminologia não pode viver sem o direito, nao pude de me rir ainda mais, é falacia tão grande que torna-se por si ridicula!!!!
Mas como voces podem não acreditar naquilo que digo porque posso ter um discurso enviesado vou deixar-vos de seguida um comentario com um importante autor!
Vou então falarmos de David Garland
Este autor define a criminologia como sendo um genero especifico de discurso e problematizaçao sobre o crime, um genero que evolui na idade moderna e QUE SE DISTINGUE DAS OUTRAS FORMAS DE FALAR, PENSAR, sobre conduta criminosa! o objectivo da criminologia e criar uma lei um suporte empirico e cientifico que se diferencia bastante de discursos Legais e morais.
A MODERNA CRIMINOLOGIA COMO OUTRA QUALQUER ESPECIALIDADE ACADÉMICA CONSISTE NUM CORPO CREDITADO E SISTEMATICO QUE TRANSMITE CONHECIMENTO, PROCEDIMENTOS E TECNICAS DE INVESTIGAÇÃO E UM CONJUNTO DE PERGUNTAS QUE FAZEM PARTE DAS AGENDAS DE PESQUISA.
A MODERNA CRIMINOLOGIA É UMA COMPOSIÇÃO ECLETICA E MULTIDISCIPLINAR MAS UNA E AUTONOMA, DISTINTA DE TODAS AS OUTRAS, COM REVISTAS CIENTIFICAS PROPRIAS.......
Bem se quiserm posso fornecer-vos mais autores ou podem sempre vir as nossas ulas estão todos convidados ou aos nossos seminarios... Algum dos que aqui falou já foi???????
Não me parece sinceramente...
Bem falaram aqui em profs de penal.... Mais uma anedota... Duas uma ou eu oiço mal o que e altamente improvavel ou então gostam de adulterar aquilo que é dito... Também partilho dos vossos professores de Direito caso nao saibam, e os professores nunca falaram da criminologia como sendo um instrumento do direito, muito pelo contrario, e aqui poso falar até no Doutor Medina......... Duas ou voces estao esquecidos ou não vão as aulas.........
Alias este professor e um dos que melhor compreende a criminologia e a relação desta com o direito...
Do mesmo modo que para a criminologia de todo o direito so interessa uma infima parte, o penal, para o direito so importa uma infima parte da criminologia como analise que fazemos a todo o sistema de justiça....... Obvio que tal como vcs tem civil, administrativo e sei la mais o que, nos temos muito mais como a Ines referiu muito bem, a segurança, a vitimologia, a toxicodependencia, etc.. Mais um conselho, vejam o nosso plano de estudos e as nossas saidas profissionais.. Deram-se ao trabalho de fazerem isso antes de falarem aqui do que e a criminologia???
Não me parece....
Ate me estou a lembrar neste momento que existem teorias criminologicas que afastam a definiçao de crime do dto penal e dao uma definiçao propria ou teorias que simplesmente o querem abolir por completo......
Mas volto a dizer isto é uma infima parte do que trata a criminologia...
Direito e Criminologia são dois saberes distintos, tal como a psicologia, a sociologia, a medicina, mas que se opoem minimamente porque nenhum saber e estanque.. A proposito do saber lem Michel Foucault... Talvez ajude se o consefuirem compreender...
Bem, chega de alarmismos.
Nós não estamos aqui para comprar guerras, nem se trata disso. Estamos num blog onde somos livres de expressar as nossas opiniões, que até podem não ser as mais correctas ou as mais fundamentadas, mas são opiniões e, por isso, passíveis de ser alteradas e não é com disputas inúteis que lá vamos.
A suposta "rivalidade" de que tanto se fala aqui entre Criminologia e Direito não existe, pelo menos de minha parte e enquanto estudante de Criminologia nunca me senti minimamente vitimizada. É ridículo referirem-se a nós, em geral, como "virgens ofendidas", que as há, não só em Criminologia como em Direito, mas são uma minoria. Além disso, o termo não foi muito feliz...
A Criminologia é uma ciência como mérito próprio, mas a verdade é que, sendo recente no nosso panorama, tem que conquistar o seu espaço.
Vamos lá deixar-nos de querelas. Afinal, somos todos estudantes da FDUP, somos um só corpo estudantil, representamos uma "casa"... Quanto muito devemos orgulhar-nos disso!
Bem agora falando de um assunto bem diferente!!
Como se comporta criminologia na FDUP... dou mais um conselho estudem as origens da faculdade, e as origens dos dois cursos e tenham a humildade de perguntar antes de falar porque mais uma vez estão aqui coisas escritas que denotam mesmo falat de conhecimento, o que e normal, eu também não sabia ate me explicarem, e normal que muita gente ainda não saiba!!!
Bem quanto a rivalidade entre cursos......
mt bem so vos agradeço sinceramente por todos estes comentarios eles refletem de forma perfeita aquilo que quis dizer num texto que escrevi há tempos...
Quanto as actividades da FDUP, a Inês ja esclareceu e muito bem :-)
Mas caramba criminologia tem actividades proprias, Jantar Anual de Curso, Seminários,Workshop, Dia C, visita a prisoes, exposiçoes, Projecto Socrates, estamos a pensar em mais projectos para a FDUP.....
Também colaboramos com direito, faço parte do tribuna, fui com mais uma colega de criminologia uma das organizadoras da AGNU pela AI, faço parte da Comissão de Curso, ja fui à SdD, ao cineclub, etc...
Se ha pessoal de criminologia que nao participa, podem ter a certeza que de direito tambem não ha, porque se olharem bem para estas actividades acabam ao fim ao cabo por terem mais ou menos sempre as mesmas pessoas....
Caramba numa altura em que a FDUP parece florescer com actividades, em que parece que os cursos se querem aproximar, em que li o texto da AEFDUP do tribuna e fiquei contente,quis acreditar que aquilo era verdade!!!
Muito sinceramente já nao tenho muito mais a dizer..
Eu tenho muitos amigos de Direito, pessoas que admiro, acho que voces tem muito a aprender connosco e vive-versa, nao tenho rivalidade nenhuma pelo contrário faço um esforço para que os cursos de aproximem, reduzido, admito, faço para que a criminologia se va mostrando e va criando o seu espaço... Não percebo o que pk de um nome dar tanto que falar... E aqui nao podemos generalizar cursos, impossivel, todo o tipo de pessoas ha em todo o lado!!
Quanto à mudança de nome...........
Prefiro falar so quando tiver completo conhecimento de causa!
Porque é que as pessoas só podem falar com perfeito conhecimento de causa?Sendo uma sociedade de debates não é normal, e até desejável, que as pessoas emitam uma opinião, sem terem que a fundamentar nas vacas sagradas da sua ciência?
Não sei se na Criminologia é assim, mas em Direito, o legislador, ou mesmo um doutrinário, não pode dar um peido sem que haja logo 3interpretações diferentes do mesmo, e por vezes todas elas plausíveis.
Parece-me que entrar assim, a pés juntos, para além de revelar agressividade(comportamento que a criminologia certamente estuda mais aprofundadamente que direito), revela pouca vontade de discutir, ou de dialogar, mas sim impor a sua opinião à força, simplesmente porque se leu em algum sítio que é assim.
Para mim(não sei se alguma das vacas sagradas do mundo do direito partilha a mesma opinião, se sim peço desde já desculpa por não o citar convenientemente) se não houver uma ordem normativa, seja ela baseada na lei, ou em costumes, ou na moral, ou no que a quiserem basear, a criminologia fica vazia de sentido, uma vez que se não há algo que regulamente a vida na sociedade, a sociedade não tem noção do que é certo do que é errado, consequentemente tudo é admitido, não havendo lugar a comportamentos desviantes, por exemplo, porque todos eles se inserem no comportamento normal da sociedade.
Não pretendo com isto teorizar, ou justificar, uma superioridade do Direito, em relação à Criminologia.
Quanto à génese da faculdade de direito, há um decreto da Primeira República a autorizar a criação de um curso(ou uma faculdade?) de direito na recém criada(ou ainda embrionária?) universidade do porto. O professor Almeida Costa(ou será o Sebastião Cruz?) faz referência a isso no seu livro sobre a história do direito português.
Por factores externos, só em 1995 foi criada a Faculdade de Direito da Universidade do Porto, sendo a primeira aula leccionada no dia 14 de Dezembro(?) do supra referido ano. Na criação da faculdade, tiveram papel preponderante(segundo se diz por aí) o Professor Cândido Agra(que foi o primeiro presidente do Conselho Directivo da Faculdade), O professor Ribeiro de Faria, entre outros.
Aquando da criação da faculdade, e segundo sei, e o Ari já o disse, foi criado o mestrado em criminologia, ora, isso só vem confirmar que não faz sentido mudar o nome da Faculdade, pq se à data da sua criação já era leccionado um curso de criminologia, o de mestrado, e se não se achou necessário inserir a palavra Criminologia, porque é que agora se há-de fazer isso?Porque se criou a licenciatura?Então durante quase 10 anos, foi indiferente, e agora já faz diferença?
Honestamente, depois do que li nestes últimos comentários, finalmente participados pelos crimonólogos (aliás criminólogas:)), acabei por chegar à mesma conclusão: Não há assim tantas pessoas de criminologia que se sintam discriminadas por direito, só 1 ou 2, tais como os há em Direito, ou noutro curso qualquer.
Acho que os comentários da Inês (e das colegas que com ela escreveram) e da Sílvia são bastante esclarecedores para saber o que realmente acontece com o curso de crimi.
Claudisabel, por simples curiosidade e se estivesse num local público, e o quisesses mostrar, obviamente, gostaria que me indicasses o link para o teu texto que escreveste, teria todo o gosto em lê-lo para tentar compreender melhor esse sentimento de discriminação que me parece que tu sentes.
E já agora, DC, se não estou em erro, a primeira aula da FDUP foi a 12 de Dezembro e foi proferida pelo Sr. Professor Doutor Ribeiro de Faria. Era de Introdução ao Direito.
Já vai tarde, e até devia ter sido o 1o comentário, Ary:
Não me estás a querer dizer que depois desta entrevista percebeste melhor o Bastonário? Eu achei mesmo o contrário, aqui ele revelou-se ainda mais besta do que é, talvez por pensar que o TRIBUNA não tem muita projecção disse barbaridades ainda mais escabrosas!
O único objectivo que é de louvar é sem dúvida a diminuição dos custos da Ordem...E a diminuição do tempo de estágio, se efectivamente se vier a verificar...
João,
Concordo e discordo contigo ao mesmo tempo. O senhor não é particularmente amigável mas não é de todo intratável e há ali um certo espírito de missão que aprecio. Mas depois trocamos opiniões sobre o assunto.
Concordo com a Cláudia quando ela diz que aqui há muita gente que pura e simplesmente não sabe o que é a criminologia. Se ainda ficaram com dúvidas depois do seu esclarecimento aconselho-vos a irem falar com o prof. Cândido da Agra ou a prof. Josefina Castro. Quero sublinhar o anteriormente dito que nós não somos "virgens ofendidas" e que quem o diz fala sem conhecimento de causa. É verdade que quando entramos na FDUP o ano passado alguns alunos mais velhos com quem contactamos disseram para termos cuidado com os alunos de Direito e com a sua superioridade. Mas sabem que mais? Pessoas com a mania da superioridade há em todo o lado e não é por isso que vou deixar de me relacionar com os alunos de Direito. Não percebo porque é que certas pessoas se sentem incomodadas com a mudança de nome da faculdade. Qual o problema de isso acontecer? Qual o problema de isso não acontecer? Vamo-nos odiar mais ou amar mais se a faculdade mudar de nome? Como aluna de Criminologia gostava que a faculdade onde ando tivesse no seu nome a representação do curso que frequento. Mas se não puder ser possível não vai ser o fim do mundo nem ninguém se vai "suicidar". Há algum problema FDUP ter mais uma letra na sigla ou menos uma? É preciso armarem um campo de batalha por causa de uma coisa, que embora seja importante para nós, alunos de criminologia, a vocês de direito não deveria fazer qualquer diferença? A instituição que representamos continua a ser a mesma, não vai mudar a qualidade e o prestígio por se chamar FDUP, FDCUP ou FCDUP!
http://iuriscursuscomitia.blogspot.com/2009/09/por-uma-fdup-unida.html
a continuação em http://jornal-tribuna.blogspot.com/2009/12/orgulhos-projectos-e-conhecidos.html
Atenção, isto são reflexões minhas e leituras mt pessoais mas reais do quotidiano FDUP, devidamente contextualizadas.. Eu não me sinto discriminada, mas é normal que fique triste com alguns discursos que se lêm, porque sou de criminologia! Mas acredita que mt gente se sente discriminada ( no sentido da competitividade), mas isso nao acontece so entre cursos, tb acontece dentro dos cursos, e aqui não posso falar de direito pk não sei a vossa realidade, mas posso falar de criminologia!
Inca concordo com todo o final do teu comentário e pouco mais há a dizer!!!
De resto Um Bom Natal e Um Feliz Ano Novo a todos os alunos de Direito, a todos os alunos de Criminologia, a Toda a uma FDUP que é nossa, tenha ela uma letra a menos ou mais!!!
Vão-me desculpar as senhoras do conhecimento de causa mas esse argumento não faz qualquer sentido. Se assim fosse ninguém poderia opinar sobre o que quer que fosse. Além do mais dispenso as lições de criminologia. Sei bem onde as obter com toda a qualidade bem como os autores a consultar.
Quanto ao resto, parece-me que alguns dos comentarios acima provam algum do espirito de guerrilha que é incutido nos mais novos. No entanto, é com agrado que me vou apercebendo (ainda mais do que ja vinha acontecendo) que quem diz coisas do genero "os alunos de direito viram-nos a cara" é gente miudinha que não tem em que pensar.
Cingindo-me aos comments feitos por alunas de criminologia aqui nesta pagina, viu-se bem, por um lado, a sede de "entrar a matar" em alguns dos seus comentarios (em oposição ao espirito da discussão que vinha sendo feita); mas também se viu bem o espirito aberto, moderado e sensato expresso em partes do ultimo comment da "InCa", por exemplo. É com gente assim que a Faculdade quer e pode avançar, seja de que curso for. Quanto aos mesquinhos.. os caes ladram mas a caravana passa!
Vivam Direito e Criminologia!
João,
É interessante ver como eu não disse nada de radicalmente diferente da InCa e ela é considerada moderada e eu radical. Dois pesos ... (estou a brincar)
"Espírito de guerrilha" incutido nos mais novos... Quem vir isto até pensa que nós (alunos mais velhos de Criminologia) andamos a planear tácticas de ataque a Direito e usamos os mais novos como peões numa tal de guerra sem dono.
Relaxem.. temos mais em que pensar! ;)
Eu gosto do estilo panfletário, faz-me lembrar o Manifesto Anti-Dantas,só falta os PIM's e os PUM's.
Ari, a InCa é considerada moderada se tivermos em atenção os post anteriores da ClaudIsabel.
Já agora, InCa, ninguém armou um campo de batalha, foi simplesmente uma discussão salutar, em que como sempre entre seres humanos, as emoções tendem a vir ao de cima, mas nada de grave, nem desvios aos comportamentos padronizados... E concordo especialmente com a tua última frase, se não muda nada, a não ser a denominação, para quê mudar?só vai criar confusão.
Sílvia, eu já vi umas bombas colocadas estrategicamente para destruir o edifício, mas de maneira a não afectar a escola de criminologia, desconfio de vocês. Mas só falo quando tiver completo conhecimento de causa. :D
Dc,
Por que não mudar? Por acaso tem medo da mudança? E em que é que iria criar confusão? Na sua pessoa?
Ary,
Já que ambos ficamos esclarecidos pelo facto de eu ser moderada, aproveito para te dizer que concordo em grande parte contigo.
InCa, o que me faz confusão é que me tratem por você, já chega no escritório.
A confusão que cria prende-se com o público em geral, por exemplo, ainda hoje acontece isso com a FCDEF/FADEUP, com psicologia(se bem que nem sei se esta mudança é recente ou não).
A mim não me faz confusão, apesar de não concordar que se altere.
DC, só quando tiveres provas irrefutáveis de que, de facto, se colocaram essas 'bombas' é que eu acredito em ti ;)
Obrigado, InCa. Sinto que finalmente chegou a cavalaria ;)*
Ary, não te sintas sozinho.. Concordo contigo em grande parte e admiro a posição que tomaste! No entanto, penso que esse "fosso" de que tu falas não é assim tão fundo. Existe, mas não é algo anormal. Em todos os cursos há sempre um grupo minoritário de pessoas que gostam de olhar para os outros de lado.
Mas tens razão quando dizes que, até certo ponto, há "discriminação" por parte de algumas pessoas de Direito em relação a Criminologia, tal como o há em relação a Direito, como, aliás, aqui se viu.
E só para dar um exemplo, lembro-me de, no ano lectivo passado (meu 3º ano), ter entrado com um grupinho de amigas do meu ano de Criminologia num café (não interessa qual) perto da faculdade para almoçar. Fomos para a parte da esplanada que ficava nos fundos. Quando entramos, um grupo de elementos do sexo feminino, do nosso ano, de Direito, que até então falavam e riam alegremente, se calou e ficou a seguir-nos com o olhar até nos sentarmos.
Isto só nos afecta se nós deixarmos. A meu ver, ficou-lhes muito mal porque, para mim, isto são atitudes de criança.
Porém, eu não posso, por este episódio ter ocorrido, dizer que TODO o pessoal de Direito é assim, porque não é verdade. Conheço pessoas fantásticas de Direito, tal como conheço pessoas de Criminologia que.. enfim! É ela por ela... não foi aquele episódio que me fez sentir mal na minha faculdade e penso que isso é o mais importante: sentirmo-nos bem na nossa faculdade, todos! E cabe a todos nós fazer com que isso se concretize.
Bem, eu agora estou curioso e expectante que me venham dar as aulas de história da FDUP que me prometeram há uns post atrás...é que o conhecimento não ocupa espaço e no que à minha faculdade diz respeito gosto de saber essas coisas...
E já que falamos em discriminação, surgiu-me uma dúvida, é ou não verdade que criminologia tem uma sala de computadores própria, no local da antiga reprografia(que alguns devem conhecer de outras andanças)?
DC, não sei se é no local da antiga reprografia, mas sim, há uma sala de computadores disponíveis para a cadeira de Estatística Aplicada, nomeadamente. Porque...?
Ah DC, a discussão parecia estar a acalmar, vieste tu para reascender a chama, qual piromaníaco que és :D Acho muito bem, que a malta precisa de ter com que se entreter após um longo dia de trabalho (ou de estudo)
João, ele não reacendeu chama nenhuma.. Tentou, mas esta discussão morreu.. finalmente! :P
Eu só queria confirmar, que afinal a existir discriminação, ela por vezes até é uma discriminação positiva... Nada contra a existência da dita sala, uma vez que certamente têm mais necessidade que os alunos de direito.
Contra tenho, que naquela faculdade não funcione permanentemente uma sala de computadores como em quase todas as faculdades da UP...
Sílvia, quando eu encontrar as fotos das bombas logo vamos ver quem tenta incendiar coisas...:D
DC, força... Fico à espera ;)
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