domingo, 4 de outubro de 2009

Será?

A direita é o que todos somos...
A esquerda o que todos queríamos ser...

21 comentários:

Flávio M. Carneiro da Silva disse...

Eu sou naturalmente de esquerda, ora não fosse um autentico roberto carlos com cabelo ;p

Ary disse...

Há alguma verdade nisso. O problema é que os conceitos usados vivem em tensão.

Esquerdas e direitas vivem construídas sobre ideias que se provaram estar erradas muitas vezes, daí que não possamos dizer que a esquerda é mais utópica, ou mais irrealista.

Há direitas com agenda reformista, com agenda revolucionária, com agenda conservadora, com agenda belicista, com agenda anarquista e com agenda xenófoba. Há esquerda com agenda reformista, com agenda revolucionária, com agenda belicista, com agenda anarquista, e com agenda xenófoba.

Não digo que os rótulos sejam de rejeitar, mas é preciso ter cuidado com eles.

Duarte Canotilho disse...

Direita com agenda revolucionária??? Aonde Ary?

Eu sou de esquerda, não sou de direita ambicionando ser de esquerda.
E a verdade é que acho que a frase não tem muita logica, pois há muita gente da direita que prefere e considera que há pessoas de 1ª e pessoas de 2ª. Isso não é ser de esquerda

Ary disse...

Houve revoluções de direita na América Latina.

Ary disse...

(ou golpes de estado seguidos de revoluções ... como aliás o nosso 25/4, mas dizer isso irrita muito alguma esquerda)

Duarte Canotilho disse...

Golpes de Estado que nada têm a ver com o nosso 25/4 por sinal. Caso por exemplo do pinochet.

Ary disse...

Será? =)

Tomás Gonçalves da Costa disse...

porque não ao contrário?

Ary disse...

Com frases tão vagas o Tomás tem alguma razão. Também consigo ver as coisas por essa perspectiva.

DC disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
DC disse...

Já alguma vez leram alguma coisa sobre o golpe de estado de Pinochet?
Afirmar que foi um golpe de estado seguido de revolução é um bocado como hei-de dizer, descabido, mas eu também só leio os relatos de um dos lados.

No entanto não posso deixar de concordar com o Ari no seu primeiro comentário. A própria ditadura militar portuguesa teve essa origem...

Ary disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ary disse...

Quanto à parte de ter começado com um golpe de estado acho que todos concordamos. Se depois temos uma revolução acaba por depender um pouco do conceito de cada um. Falei em revolução pelo abale das estruturas que a mudança de regime operou, mas sim, talvez seja incorrecto falar de revolução sob pena de esvaziar a palavra de sentido.

D. disse...

embora haja uma clara distinção entre a esquerda e a direita, estar a discutir isto parece-me um bocado totó! até porque eu levaria a frase do hugo para um tipo de discussão totalmente diferente.

Hugo disse...

Não era de longe esta a discussão que eu queria...daí nem ter falado ainda :D

João Fachana disse...

Na minha opinião, acho que a esquerda sofre de uma falha muito grande: pensa que o ser humano é bom por natureza e que procurará sempre o bem comum. Quando na verdade o Homem é um ser egoístico que procura o melhor para si mesmo.

Já a direita tem em si mesmo o mal de pensar que todo o Homem é autosuficiente e consegue sobreviver por si próprio.

São, no fundo, duas faces da mesma moeda.

Agora tudo depende até que ponto é que queremos esticar cada uma das versões, sendo que os extremos de cada uma, como a história bem descreve,. não são futuro.

Para mim a frase seria: Todos pensamos que a esquerda é possível de ser vivida, mas todos sabemos que a única realidade viável será à direita.

Ary disse...

Acho que esse era mais ou menos o ponto a que o Hugo queria chegar.

D. disse...

foi das poucas vezes que concordei com o fachana :p de facto a esquerda (principalmente as ideologias comunistas) tende a achar que o homem teria a capacidade de viver enquanto tal, o que sempre se mostrou impossível, até porque há sempre um que padece do mal de ficar cego pelo poder.

Inês P. disse...

poder-se-á então dizer que a esquerda tem as ideias mais louváveis, mas a direita tem as ideias mais práticas?

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

talvez.
mas a discussão é tão inútil como antiquada.

o actual ministro das finanças sueco é libertário, defende a privatização do sector da saúde e o principio da livre-escolha entre o sector privado e o público, a legalização da marijuana e o progressivo fim do Estado Social, bem como é um antigo activista pelos direitos dos homossexuais, sendo um dos nomes mais sonantes na altura da abertura do casamento aos pares homossexuais.

foi eleito recentemente por um partido liberal/conservador sueco, de centro-direita.

ainda há esquerda/direita?

Ary disse...

Do ponto de vista materialista continua a haver. Do ponto de vista pós-materialista parece-me irrelevante se há.

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