domingo, 10 de maio de 2009

adeus queima

e olá memórias.
(Ao primus inter pares Henrique M.)

"De uma vez, estando a centenária a contar histórias, disse para as que a ouviam: No meu tempo, os Bernardos não ficavam a dever nada aos mosqueteiros. Era um século que falava, mas era o século XVIII. Costumava ela contar o costume dos quatro vinhos usados na Champanha e na Borgonha antes da Revolução. Quando por alguma cidade da Borgonha ou da Champanha passava uma grande personagem, como um marechal de França, um princípe, um duque, um par, vinha esperá-lo à Câmara e após um estirado discurso apresentava-lhe quatro vasos de prata contendo quatro vinhos diferentes. Na primeira taça, lia-se esta inscrição: vinho de macaco; na segunda, vinho de leão; na terceira, vinho de carneiro, na quarta, vinho de porco. Estas quatro legendas exprimiam os quatro graus de embriaguez: o da embriaguez que alegra, o da embriaguez que irrita, o da embriaguez que entontece, o da embriaguez que embrutece."

Id., II Cosetta, Livro VI, Cap. IX

1 comentário:

Anónimo disse...

=P

cá pra mim: ou andava mesmo alegre ou andava tonto de todo!=P enfin, coisas*

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