Rémy: We've been everything: separatists, supporters of independantists, sovereignists, sovereignity-associanists...
Pierre: At first, we were existentialists.
Dominique: We read Sartre and Camus.
Claude: Then Fanon, we became anti-colonialists.
Rémy: We read Marcuse and became Marxists.
Pierre: Marxist-Leninists.
Alessandro: Trotskyists.
Diane: Maoists.
Rémy: After Solzhenitsyn we changed, we became structuralists.
Pierre: Situationists.
Dominique: Feminists.
Claude: Deconstructionists.
Pierre: Is there an -ism we haven't worshipped?
Claude: Cretinism.
Rémy: Contrary to belief, the 20th century wasn't that bloody. It's agreed that wars caused 100 million deaths. Add 10 million for the Russian gulags. The Chinese camps, we'll never know, but say 20 million. So 130, 145 million dead. Not all that impressive. In the 16th century, the Spanish and Portuguese managed, without gas chambers or bombs, to slaughter 150 million Indians in Latin America. With axes! That's a lot of work, sister. Even if they had church support, it was an achievement. So much so that the Dutch, English, French, and later Americans followed their lead and butchered another 50 million. 200 million dead in all! The greatest massacre in history took place right here. And not the tiniest holocaust museum. The history of mankind is a history of horrors.
filhos da Duna
Há 3 dias
6 comentários:
A guerra/violência é a água que corre nas pás do moínho que é a existência humana, penso eu. E sim, aquela parte dos tugas e de nuestros hermanos foi um feito em carnificina.
Os Portugueses nunca mataram muita gente. Aliás o nosso fraco poder bélico e a nossa economia virada para o comércio exigia que mantivessemos.
Portugal só se preocupou com a produção nas colónias bem depois dos espanhóis (repare-se na altura em que lhes chega o ouro e em que este nos chega a nós).
No século XVI nós mal tínhamos entrado para o interior em qualquer das nossas colónias, portanto nem podíamos ter morto assim tanta gente. Mais do território nós queríamos ter costa.
O perfil da nossa colonização no século XVI torna impossível um grande contributo para o número apontado. Os espanhóis devem ter feito isso quase sozinhos.
150 milhões no século XVI?
mas como? os índios morrem se lhes cuspirmos em cima?
é que os espanhóis nunca devem ter tido mais de alguns milhares de soldados nas colónias americanas (basta pensar que Pizarro tinha uma força de 150 homens, segundo últimas estimativas) e os portugueses uma peuqena centena, e mesmo o esforço colonizador das potências europeias nunca foi assim tão numeroso para criar o hobby de matar os peles-vermelhas, nao a esse ponto.
esses números fazem sentido num mundo de maravilhas. primeiro, seria preciso provar que vivam assim tantas pessoas na america do sul, partir do pressuposto muito anti-capitalista que os índios viviam em idilicas comunidades colectivas e deshierarquizadas sem propriedade privada e que nunca, mas nunca, levantavam um dedinho contra os seus irmãos indios.
esquecer a elevada mortalidade dos indios devido a contactos com doenças desconhecidas, devido à hostilidade que muitos desses povos possuiam, tanto entre si como com "os brancos", é sonegar a história a um confronto entre maus e bons.
mau também é atitude contra a igreja. Bartolomeu de Las Casas, António Vieira, o próprio Francisco Xavier, Inácio de Loyola e Francisco de Vitória foram todos nomes sonantes da teologia e da igreja católica que, na sua época, criticaram fortemente o abuso da força sobre as populações subjugadas de indios.
não, Marta, desculpa-me, mas se este texto for um espalho de um livro, permite-me afirmar que, na minha opinião, isso não é lá muito racional ou honesto.
É verdade, levantaste aí outros argumentos importantes.
Aliás boa parte dos Índios viviam nos Impérios Inca e Maia e de bucólico eles tinham muito pouco, apesar de terem sido bastante ingénuos.
Permite-me só uma achega: não te esqueças de depois dos soldados do Cortez vieram mais uns quantos, comandados por outros. Os espanhóis deram-lhe bem ...
Isto é uma citaçao de um filme, não muito precisa em dados cientificos (150 milhoes é um exagero, na melhor das hipoteses estima-se que tenham vivido, pela altura da chegada de Colombo à America, uns 112 milhões de Indios, e não morreram todos). Houve mortes influenciadas directamente pelos Espanhois, populações que, de 6 milhoes foram reduzidas a uns meros 60 mil. Mas, embora Espanhóis e Portugueses fossem povos cruéis, dispostos a subordinar qualquer povo a qualquer custo (navios negreiros, comércio de escravos, não são ficção, lamentavelmente) e que tiveram a sua quota parte de responsabilidade no exterminio dos nativos americanos, hoje sabe-se que uma parcela significativa das mortes se deu devido às doenças que foram levadas pelos conquistadores para o outro lado do Atlântico, que lhes podem ser imputadas indirectamente.
O meu objectivo com o post era mesmo criticar o facto de o Holocausto ter ficado gravado na história como uma aniquilação maciça à qual é dada uma importancia colossal (que é merecida), mas que muitos outros genocidios, muito mais gritantes de numeros e igualmente chocantes de métodos passam um pouco impunes e ao lado da maioria. Fico feliz por ter estimulado o debate :)
é verdade Ary, mas o meu comentário está construido naquele pressuposto de que os espanhóis e os portugueses do século XVI partilharam o hábito de estar sempre nas lonas, e apesar de a espanha ter mantido um impressionante exército nas suas guerras pela europa, pergunto-me se nas américas terá havido o mesmo investimento militar, e se houve algo relevante, até que ponto foi funcional no contacto com o clima adverso e a distância dos superiores hierárquicos na metrópole.
quanto à crueldade luso-ibérica, Marta, acho que é muito dificil reduzir a esse ponto. o europeu do século XVI, XVII e XVIII era um tipo muito cruel. mas o mundo índio, asiático, e mesmo africano, eram muito mais cruéis por contrapartida. basta ver que, até à data de fundação da nacionalidade (1143) a cidade de Deli já tinha sido condenada à morte pelo menos 5 vezes.
os régulos africanos eram praticamente os únicos fornecedores dos portugueses e posteriores colonais europeus de escravos. só em 1850 é que o primeiro europeu se aventurou no interior do continente africano mais de 100 km afastado da costa.
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