domingo, 19 de outubro de 2008

Colin Powell apoia Obama

Em 2003, há quase cinco anos atrás houve um discurso que mudou a minha opinião sobre a guerra no Iraque antes mesmo de ela começar. Esse discurso foi proferido por Colin Powel no Conselho de Segurança. Os discursos convincentes são sempre uma combinação de bom logos, pathos e ethos. O logos estava lá, estava nos factos, nas permissas e nas conclusões, estava na solidez dos argumentos. O pathos também lá estava, na confiança que ele depositava em cada frase, na certeza da sua voz, na sua capacidade de mostrar a urgência, a justiça e a bondade de uma intervenção. O ethos, por fim, estava nos anos de experiência, na presença de espírito, na inteligência e na firmeza de carácter que todos, incluindo eu, lhe reconheciam.

Anos depois Colin Powell saiu do governo Bush desiludido, numa altura em que se tornara evidente que ele fora um fantoche usado precisamente porque ninguém ousaria pensar que ele seria um. Colin Powell foi enganado, para poder enganar pessoas por todo o mundo, mas teve a coragem de sair e procurou limpar o seu nome.
Foi com grande satisfação que hoje li a esta notícia e com ainda maior prazer que vi o seguinte vídeo:




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