Foi uma noite de cristal, impossível de ser descrita, em que houve finalmente tempo para as coisas mais importantes da vida [obviamente não por esta ordem]: comer, beber, amar, conversar, rir, olhar, ou melhor, ver, aprender, dar graças por toda a miséria humana, por toda a fragilidade da carne e do espírito, por todas as curvas da estrada que a tornam mais comprida.
Uma noite bem passada na companhia de algumas pessoas a quem podia já chamar amigo e de outras a quem agora nunca mais poderei vir a chamar outra coisa. Eu acho que se os sentimentos foram verdadeiros nunca haverá ex-amigos, porque "quando passamos por determinadas coisas juntos há sempre algo que nos impede de não gostarmos uns dos outros" (JK Rowling).
Ver cada um por aquilo que é, por aquilo que ele pensa sobre o bom, o belo, o amor ou a verdade; ver cada um por aquilo que ele mostra de si, ou quer mostrar de si, sem máscaras que escondam os olhos, sem medo de um fair trial.
Propus um brinde à verdade, alguns não me quiseram acompanhar, não sei se por objecção de consciência, se por respeito aos tabus.
A para mim é claro, como cristal: "À bondade, à beleza, ao amor e à verdade!*"
*Para quem não é objector de consciência.
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