Dois nomes. Diferentes origens. Duas carreiras políticas. E que mais? Homossexualidade assumida.
Um, sem dúvida, grande activista, marcante. Ela, a nova PM da Islândia, país que conhece uma triste reviravolta económica, pautada pela crise que está a abalar o mundo.
Deparei com ambos no meio de umas tantas leituras, entre jornais e revistas, entre as montras da actualidade, numa feliz coincidência. Bem sei que talvez não seja a forma adequada de os referir, ao tocar num tema como o da sua orientação sexual. Não quero, também que, digam que escrevo sobre o “politicamente correcto”. A verdade é esta: apeteceu-me falar de ambos, descomplexadamente.
Em Harvey Milk encontro alguém com uma força espantosa, de querer viver, não o “viver” mundano e sem graça de 90% de indivíduos de umas não sei quantas sondagens; mas sim, e sobretudo, o de uma pessoa que lutou pelos direitos civis numa América da incompreensão, do conservadorismo a roçar a ignorância, da falta de espírito construtivo. Uma América muito pouco livre ou “de sonho” para com a comunidade gay. Pois aqui está um exemplo. Milk desafiou quem o contrariou e, criou com ele um verdadeiro movimento para a abertura de mentalidades.
Johanna Sigurdardottir é o novo símbolo de liderança, numa velha democracia europeia, que pela primeira vez tem uma mulher como PM. Como se dirige um país que, em apenas três meses, se afunda, qual Titanic, passando de um lugar de topo na ordem de desenvolvimento mundial, para um dos mais endividados? Pergunto-me o que será pior, se a crise económica, ou a de espírito, fé, confiança, esperança... Para começar, dois movimentos: demitir a liderança do Banco Central islandês e “implantar uma política económica mais humana”. Quer Sigurdardottir trazer à Islândia tempos mais felizes, baseados em valores sociais renovados. Ainda bem.
É, especialmente, disto que precisamos: mais humanidade. Perdemos o Tempo, sim (o Tempo), envoltos numa corrida contra nós mesmos. Foge-nos a comunicação, a sociabilidade, a compreensão, a tolerância, a dedicação. O caminho a percorrer surge-nos assim: uma dúvida.
Um, sem dúvida, grande activista, marcante. Ela, a nova PM da Islândia, país que conhece uma triste reviravolta económica, pautada pela crise que está a abalar o mundo.
Deparei com ambos no meio de umas tantas leituras, entre jornais e revistas, entre as montras da actualidade, numa feliz coincidência. Bem sei que talvez não seja a forma adequada de os referir, ao tocar num tema como o da sua orientação sexual. Não quero, também que, digam que escrevo sobre o “politicamente correcto”. A verdade é esta: apeteceu-me falar de ambos, descomplexadamente.
Em Harvey Milk encontro alguém com uma força espantosa, de querer viver, não o “viver” mundano e sem graça de 90% de indivíduos de umas não sei quantas sondagens; mas sim, e sobretudo, o de uma pessoa que lutou pelos direitos civis numa América da incompreensão, do conservadorismo a roçar a ignorância, da falta de espírito construtivo. Uma América muito pouco livre ou “de sonho” para com a comunidade gay. Pois aqui está um exemplo. Milk desafiou quem o contrariou e, criou com ele um verdadeiro movimento para a abertura de mentalidades.
Johanna Sigurdardottir é o novo símbolo de liderança, numa velha democracia europeia, que pela primeira vez tem uma mulher como PM. Como se dirige um país que, em apenas três meses, se afunda, qual Titanic, passando de um lugar de topo na ordem de desenvolvimento mundial, para um dos mais endividados? Pergunto-me o que será pior, se a crise económica, ou a de espírito, fé, confiança, esperança... Para começar, dois movimentos: demitir a liderança do Banco Central islandês e “implantar uma política económica mais humana”. Quer Sigurdardottir trazer à Islândia tempos mais felizes, baseados em valores sociais renovados. Ainda bem.
É, especialmente, disto que precisamos: mais humanidade. Perdemos o Tempo, sim (o Tempo), envoltos numa corrida contra nós mesmos. Foge-nos a comunicação, a sociabilidade, a compreensão, a tolerância, a dedicação. O caminho a percorrer surge-nos assim: uma dúvida.
O movimento do arco-íris está em voga. Serão diferentes na forma de encararem os problemas da sociedade, tendo em conta que lutam pelo seu lugar nela todos os dias e lutam, também, interiormente consigo mesmos, com as suas famílias e amigos? Menosprezados desde sempre, serão hoje resposta? Terão a sensibilidade certa para lidar com obstáculos que à maioria das pessoas se assemelham ao Apocalipse?
“The fact is that more people have been slaughtered in the name of religion than for any other single reason. That, THAT my friends, is true perversion.” Harvey Milk
E a reacção do “Santo Bento”? Nova cruzada?
6 comentários:
Na sequencia deste Post aconselho vivamente a visualização do filme MILK de Gus Van Sant. Grandes politicos, independentemente das suas opções sexuais, dão sempre grandes filmes e MILK não é excepção.
o movimento do arco-íris xD mais importante do que eles se unirem e lutarem, é nós irmos de mão dada com eles pedir também, coisas que não nos tocam apenas a nós.
Subscrevo, Daniela. :D
Não concordo minimamente em relação ao parágrafo do movimento arco-íris e à sua intencionalidade...
Não reconheço nenhuma capacidade especial na homosexualidade ou sequer uma sensibilidade em doses mais abundantes do que reconheceria a qualquer homem ou mulher...
A homosexualidade como uma opção meramente sexual é um aspecto que nenhuma relevância terá na política...
Assim como não reconheço especiais capacidades por estarem desde sempre habituados a lutar por uma igualdade...há um lote enorme de possíveis e eventuais "lutadores", veja-se a questão racial, a luta pela igualdade efectiva das mulheres, ultrapassagem de dificuldades económicas familiares, etc...Assim como não invalida que alguém que não tenha passado por especiais dificuldades seja igualmente um afincado "lutador" de valores sociais.
Um qualquer complexo de superioridade homosexual, racial e etc, deixa-me revoltado!
O famoso "todos diferentes todos iguais" não qualifica a diferença como superioridade.
Ps: não quero com isto dizer que esta seja a tua posição, mas é um comentário geral a uma intencionalidade que pode não ser a tua.
Ps2: Felicito a presença assíduo de um aluno do 1ºano neste espaço!
Apenas levantei a questão, Hugo. Não creio que um homossexual tenha maior ou menor sensibilidade. Por outro lado, também não creio que a homossexualidade seja uma "opção" como muito se refere. Tal como um heterossexual não opta sê-lo, um homossexual não o fará (penso eu).
Obrigado pela felicitação :) Reafirmo o que já disse antes. A SdD é um projecto exemplar; estão de parabéns.
Sim vasco...lapso meu...
Acredito mesmo que não será uma opção...
é um hábito ouvir e dizer que é uma opção mas concordo ctg!
Aliás...o grande conflito interior surge porque inicialmente muitos tentam contrariar essa maneira de ser, porque acreditam que podem "optar"...
Obg pela correcção.
Enviar um comentário