Já muitas vezes cedi àquela tentação de publicar aqui notícias de jornal que por diferentes motivos me despertavam interesse. Umas alturas por falta de tempo, outras para "não encher", e outras porque provavelmente não iriam interessar peva a ninguém. Mas esta tenho de partilhar.
Publicada no i, quinta-feira dia 20 Agosto:
"Juíza julgada por recusar apelo de última hora - Sharon Keller rejeitou o recurso por passar da hora de expediente:
"Fechamos às cinco". Foi assim que a juíza Sharon Keller - apelidada de Sharon Killer - respondeu ao recurso de última hora de um presidiário no corredor da morte contra a sua execução no Texas. A juíza foi para casa mais cedo e Michael Wayne Richard, acusado de violação e homicídio de uma enfermeira em 1986, acabou por morrer três horas depois por injecção letal de um cocktail de três drogas [em 2007].
A juíza começou esta semana a ser julgada por má conduta profissional. À quinta acusação de falha profissional arrisca-se a ser despedida do cargo de juíza-presidente do Tribunal de Recurso do Texas.
Os advogados ligaram a avisar que estavam com problemas informáticos e precisavam de mais tempo para apresentar o recurso. Iam interpor um último apelo porque naquele dia o Supremo Tribunal dos EUA tinha anunciado que ia avaliar a constitucionalidade do método de injecção letal. Às 16h45, o tribunal fez uma chamada para a juíza a perguntar se podia receber o apelo mais tarde. Ela disse que não. Às 17h56 a advogada de Richard ligou a dizer que o recurso de 31 páginas estava pronto. "Vou a caminho". Ouviu "Não vale a pena, já estamos fechados". Às 20h23, Richard tornou-se o 405º prisioneiro executado no Texas."
Nos EUA, uns defendem a juíza, outros criam movimentos de cidadãos contra ela... O certo é que desta mancha já não se livra, e a polémica segue acesa, do outro lado do mundo.
filhos da Duna
Há 3 dias
3 comentários:
quando eu era puto havia uma coisa que me fazia confusão quanto à pena de morte: se quem mata merece morrer, então e quem condena à morte o tal que merece morrer? então deve morrer? é que entramos num ciclo sem fim!
anyway, longa vida aos unidos estados!
JC, simplesmente só valeria esse argumento no caso da justiça privada...
sinto que esta juíza é de facto uma acérrima fã da justiça... não, afinal é só uma besta :P
Enviar um comentário