Por via do estudo do direito do trabalho, acabei por ir parar ao site da UGT. UGT que, nos termos do Código, é um sindicato de alcance nacional. E sindicato que, também no sentido do nosso direito, é uma associação que prossegue interesses próprios dos trabalhadores (associação permanente de trabalhadores para defesa e promoção dos seus interesses sócio-profissionais 476.º/a)).
Por isso não percebo o porquê de a UGT apelar ao fim da guerra israelo palestiniana...talvez seja por isto, por tanto quererem fazer "política geral", que os sindicatos estão tão desacreditados. Esquecendo, ou fazendo por tal, que temos no nosso sistema um outro* tipo de associações especiais para tal fito.
*Os partidos políticos...
6 comentários:
Guerra no Médio Oriente = Instabilidade Política = Menor Investimento = Menor Produto = Crise Global = Desemprego em Portugal
Parece-me que a UGT está é a ver mais longe =D
Boa questão... Estive aqui a pensar como justificar o facto de uma qualquer associação apelar a fim de uma guerra. Desejo que, em princípio, será o desejo de todo o homem. Bem, um coisa é certa: não é pela lei que vamos lá.
Mas, para o caso concreto, não vejo que mal daí poderá vir. Mas compreendo os riscos daquilo que chamas de fazer "política geral". De qualquer das formas, eu não partilho da opinião que os sindicatos estejam desacreditados.
Concordo com o Tiago.
Este "apelo" da UGT vale tanto, e, acima de tudo, faz tanto sentido como se o mesmo apelo fosse feito pelo Boavista Futebol Clube SAD.
Trata-se apenas de uma jogada de puro oportunismo politico, na tentativa de levar muitos a crer na convergência dos seus ideais com os da UGT. Uma falsa sensação de aproximação politica. Um placebo politico.
"Hey, eu sou boavisteiro, e também apoio o fim imediato na violência no médio-oriente. Se calhar esta administração da SAD esteve certa desde sempre..."
E toda esta questão fez-me também lembrar as deploráveis (a meu ver, ta claro; meu ver esse que pode estar tão certo como errado)"declarações institucionais de solidariedade" pós-ataque terrorista, por exemplo.
A partir do momento em que a Republica se alicerca e fundamenta nos principios de Direito, na Humanidade e Razão, é obvio que condena vis e cobardes ataques contra inocentes, logo, toda e qualquer condenação pública de tais actos torna-se irrelevante e desnecessária.
Um dia em que o Presidente da Républica vir os interesses e ideais da mesma convergirem com os afamados ataques, aí sim, deve manifestar-se em seu apoio. Até lá...
eu acho que a ugt, em sinal de rebeldia e quebra das convenções, devia "manifestar o seu desejo expresso na continuação do conflito, e no seu alastrar para outras regiões do planeta"
eu sindicalizava-me na ugt se ela fizesse isso. era a cena mais indie de sempre
eu concordo com o ary, mas já não vim a tempo de manifestar de forma original essa minha opinião.
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