Esse é o título de um livro publicado em 2007 pela in-libris, por um professor da nossa casa. Vejam se adivinham quem é - se é que alguns já não sabem - pelo poema que vos deixo em baixo. Violando direitos de autor - acho eu, infelizmente não há uma cadeira de direitos de autor - vou apenas revelar a autoria do texto amanhã.
Se
Se eu hoje morrese,
o mundo ficaria igual.
Nada de parangonas nos jornais,
nem bandeiras a meia has,
caras públicas pesarosas,
lutos nacionais decretados.
Se eu morrer,
apenas Tu sentirás que parto,
Somente Tu acharás que uma parte
de ti aspirou e regresoou ao Infinito.
Só Tu me recordarás perante os outros,
assegurando o estrito cumprimentos
do legado que Te confiei:
de jamais a memória da minha Luz
se apagar num espaço de Trevas.
Quando eu hoje morrer,
não será o sangue que deixará de correr.
Serão antes colibris de mil cores
que esvoaçarão em bandos
para terras mais quentes, mais favoráveis.
Quentes? Talvez frias, ao invés.
O calor sempre me confundiu.
Com o frio pensava melhor,
tinha consciência e controlo
sobre mim.
Sim. Serão então pássaros do frio
que desenharás na minha pedra tumular.
Se eu hoje morresse,
queria que do epitáfio contásse:
"Àquele a quem viver foi um misto de fardo
e de leveza de pena".
Adenda: André Lamas Leite
2 comentários:
Acho que é do Professor André Leite, certo? O poema é magnífico :)
Será do prof .Paulo ferreira da cunha?
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