Aníbal e Bernardo viajavam de mota por uma sinuosa estrada de montanha quase deserta. Apanhados de surpresa pela fraca visibilidade nocturna e por condições adversas de um piso inesperadamente escorregadio, acabam por se despistar, indo parar à berma da estrada, ambos em muito mau estado e sem possibilidades de pedir auxílio. Certos de que, por aquelas paragens e tendo em conta a gravidade dos ferimentos de ambas, não sobreviveriam a uma noite que se fazia prever de invernia, Aníbal comenta com Bernardo: "só espero que apareça um carro... ". Ao que o outro retorquiu: "desde que não esteja lá um taxista..."
Sendo juristas ambos soltaram sonoras gargalhadas recordando o art. 470º do Código Civil.
12 comentários:
ok, deveras bizarra toda esta situação hipotética. porque é que dois juristas iam numa mota para o meio da serra?
Hum ... bem pensado ...
Agora estou arrependido de não ter posto uma Ana e um Bernardo. Assim, mais facilmente poderia imaginar o que os levaria para o meio da serra. Mas, como este blog não é o Café Odisseia, podemos aplicar aqui alguma analogia, não?
Mas o Aníbal, que era muito sovina, combina com o Bernardo:
- eh pah...para a gestão de negócios ocorrer, ele não pode estar autorizado. Já sei, vamos montar aqui um esquema. Tomamos soporíferos e metemos um papel a dizer: perdemo-nos no meio da mata e a nossa vontade presumível é a de que não gastamos nem um chavo a pagar a profissionais que nos queiram levar a casa, que são uns oportunistas.
Lá o fizeram.
Mas o taxista, que TAMBÉM era jurista e, para mais, dominava a matéria da Gestão de Negócios (a única que conhecia bem, no resto era fraquinho...) ignorou aquelas palavras e levou-os ao hospital. Curados os homens, foi exigir o pagamento:
- Não, não lhe pago...A minha vontade presumível não era esta. Não pago nenhuma remuneração...
O taxista, dando uma gargalhada altíssima, disse seco,
- Não abuse da sua faculdade de contratar. E nem me diga que Antunes Varela não a subsume ao abuso de direito. Ou...Ou...Ou eu parto-lhe já as pernas.
Lembrando-se do instituto da legítima defesa, Bernardo e Aníbal nem pensaram duas vezes: pagaram e foram para casa, felizes, pensando como a autonomia privada consegue resolver tudo.
eu tenho medo do tiago... lool
Eu tenho medo de qualquer jurista ... E de taxistas também ...
Graças aos céus que arrumaste hoje com Obrigações, já te estava a afectar
eu tenho medo do facto do Café Odisseia não permitir ao Ary as suas analogias.
Depois de Obrigações ... Trabalhos ... Perceberam!? xD
"ok, deveras bizarra toda esta situação hipotética. porque é que dois juristas iam numa mota para o meio da serra?"
Pooois, isto é o mundo dos juristas nao engloba a homosexualidade.. Temos de ter cuidado para isto nao se tornar o irao.(onde nao ha homosexuais)
Pensando na hipotese do tiago, podiamos inserir penal.
Anibal e bernardo sabiam que o ataque do taxista constituia o crime de ofensas corporais graves, e por isso deixaram-no bater-lhes, fazendo queixa na psp mais proxima, que findo o inquerito, e mostrando que tinha havido dolo na actuaçao, o juiz na audiencia de julgamento condena o taxista numa pena de quatro anos de prisao segundo o artigo 145 do c.p. por ofensa à integridade fisica qualificada.
Na prisao o taxista como era bom a direito(para os presos saber o que é a gestao de negocios é saber muito de direito), foi sodomizado por um primo do anibal que para alem dessa razao o sodomizou porque nao gostou que o taxista tivesse partido as pernas ao primo. Deste modo tudo acabou bem para os juristas ao aplicar o direito penal...
(E dado que o taxista nao sabia o que era um pedido civel, ele nunca teve a retribuiçao) Até voltar ca para fora onde cometeu homicidio com tortura premeditado em anibal e bernardo :D
Ja viram estas hipoteses praticas
isto é doentio!.. xD
Não é direntio.
Enviar um comentário