quinta-feira, 30 de julho de 2009

duas notas breves sobre a AE

Isto pode ser uma coisa só minha, mas atendendo aos comentários dos últimos dias, devo dizê-lo (talvez, assim, reflicta o entendimento de muitas vozes caladas): atendendo a que existem eleições para os estudantes designarem os seus representantes na Assembleia de Representantes e no Conselho Pedagógico, a organização de actividades recreativas por parte da AE é um objectivo de primeiro nível. Não havendo AE, os estudantes continuariam a ter representantes nos órgãos da faculdade (diga-se, com mais bastante mais poder - jurídico - do que aquele a que a AE pode aspirar), mas - sem essa estrutura permanente - dificilmente haveria momentos como o jantar de natal ou, melhor, a d-league: dois eventos que me parecem muito bons. A AE é, sem dúvida, uma das grandes responsáveis por tornar a FDUP um lugar em que os alunos se possam sentir bem.
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No que toca à defesa dos direitos dos estudantes da FDUP, em aspectos como o regulamento de avaliação de conhecimentos, mais valia que se pedissem contas aos representantes dos estudantes nos vários órgãos da Faculdade. Apontar o dedo, em primeiro lugar, à AE, parece-me um desvio de óptica, atendendo a que há estudantes que, pertencendo a um órgão deliberativo, ajudam a formar a vontade da pessoa colectiva FDUP.
(A AEFDUP, por seu lado, é uma pessoa colectiva diferente; tendo algum, espera-se, poder de persuasão, não tem voto.)

12 comentários:

Guilherme Silva disse...

De acordo.

Ary disse...

Bem-dita perspectiva jurídica.
Apesar do formalismo tens toda a razão.

Ary disse...

Tenho estado calado porque estou de férias em S. Martinho, onde não tenho internet facilmente.

DC disse...

Concordo contigo.
Tanto quanto sei, até à pouco tempo o Conselho Directivo não tinha ninguém que fizesse parte da DAEFDUP, e quem lá estava também não defendia os direitos da generalidade dos estudantes.
Mas, se "desresponsabilizarmos" a DAEFDUP pela defesa dos direitos dos estudantes, não estaremos a esvaziá-la de sentido?Não seria melhor os estudantes dos orgãos da faculdade reunirem com frequência (não sei se o fazem ou não) com a DAEFDUP? uma vez que é junto desta, e não dos membros dos órgãos da faculdade, que os estudantes mais vão apresentar as suas queixas, as suas preocupações?

Anónimo disse...

O poder de persuasão de um sujeito pode levar a x votos, enquanto que o poder de voto dá-te 1 voto por pessoa.

X ou mais votos contra 1... ----> x >1, E o poder da persuasão acontece..

Anónimo disse...

E quem pode persuadir? Eis a questão... Não tenho mais questões por hoje, Caro Tiago

João Fachana disse...

Concordo inteiramente com o que o DC disse (acho isto mesmo estranho!).

Não se pode "desresponsabilizar" a AEFDUP totalmente, deitando as culpas apenas para os representantes. Se estes últimos têm o poder deliberativo nas mãos (e que poucas vezes alguns este ano o usaram em prol da vontade dos estudantes), por outro lado a AE tem o poder de mobilização e de mostrar aos órgãos executivos da Faculdade o agrado ou desagrado dos estudantes.

Pelo que não acho que a principal função da AE seja apenas a dinamização de actividades recreativas, culturais, o que lhe queiram chamar, mas a par disso a defesa dos interesses dos estudantes, principalmente e fundamentalmente quando não existem representantes nos órgãos que estejam "à altura" da função.

Falo por experiência própria que os estudantes quando querem apoio apelam em primeira linha à AEFDUP e não aos representantes, nomeadamente quando estes não conseguem impor a sua vontade no órgão.
Pessoalmente sei o quão frustrante é recorrer à AEFDUP e ver que, no fundo, não se mexem. Por isso é que entendo que a AEFDUP tem um papel tão importante na promoção dos interesses dos Estudantes como na sua defesa em relação aos órgãos institucionais da FDUP.É por estas e por outras que defendo como outros a existência de um lugar no CD reservado para o presidente da DAEFDUP e também um lugar, com competências meramente consultivas, para um elemento dos estudantes, no Conselho Científico.

Um aparte, a frustração referida anteriormente não foi em relação à direcção actual e o que aqui referi é a minha ideia do que uma AE deve ser, não querendo com isso criticar a actual direcção. Aliás não estive este ano particularmente envolvido em questões institucionais para poder fazer um juízo da actuação da AE e nas que estive não tenho razões de queixa.

E só para rematar, não é por uma associação não ter poderes jurídicos que vinculem as decisões da faculdade que não deixa de poder influenciar essas mesmas decisões. É certo que é necessário um grande esforço de mobilização para condicionar essas decisões. Mas aí, mais uma vez, não podemos responsabilizar unicamente a AE, aliás, a culpa está em grande parte nos próprios estudantes, na sua pasmaceira abismal. Nem parece que estamos numa Faculdade de Direito... Mas isto é uma outra conversa.

Hugo disse...

Concordo com o que tem sido dito e em especial com o Fachana...

Sinceramente acredito que podemos claramente melhorar a nossa intervenção nos assuntos internos da faculdade. Sei reconhecer facilmente isto. No entanto acredito que já entramos definitivamente no bom caminho este ano. Ao contrário do que tem sido dito às vezes, a faculdade está a ficar bastante mais participativa, e isso tem reflexos práticos, no nosso trabalho que acaba por ser reflexo da intervenção e contributo de todos.

A renovação dos orgãos sociais também vai ser uma lufada de ar fresco que em grande medida vão ajudar a melhorar, visto que desde que entrei para faculdade, nem Conselho Directivo nem Conselho Pedagógico(em menor medida claramente) estiveram à altura das suas responsabilidades(convém dizer que foi o mesmo durante 3 anos!com uma só eleição!).

Como conceber que os nossos representantes do Conselho Directivo não se tenham reunido 1 vez, uma simples vez com Comissões de Curso ou Associação de Estudantes. Nem 1, uma simples, acção de tentativa de integração da comunidade nos seus assuntos. Mas isto são contas de outro rosário e em breve outro rosário mesmo.

A AE como voz dos estudantes tem então que ter realmente voz nestes e todos os assuntos. Ser a voz que alerta para as situações e reencaminha em constante cooperação com os orgãos da faculdade.

A conclusão mais justa, é que a AE é isto mas muito mais também.
Seria inconcebível para mim uma faculdade sem lazer, cultura ou desporto.

DC disse...

Talvez mais do que o presidente, devesse ter lugar no CD o responsável pela política educativa...eu sei que tem coincidido, mas não é necessário que aconteça, julgo eu.

Hugo, permite-me que discorde em relação aos alunos do pedagógico, acho que alguns deles se preocuparam efectivamente com os alunos em geral e não apenas com o seu umbigo, como aconteceu com o os do directivo. Há uma coisa que me faz confusão no CD é o facto de durante algum tempo ter funcionado com menos 1estudante(e julgo que a determinada altura foram 2)do que está previsto, e não ter havido preocupação em saber quem eram os próximos na lista.

Hugo disse...

Atenção. Falo deste ano apenas e distingo.

O conselho pedagógico, na minha opinião, pecou às vezes por defeito. Penso que podiam ter feito mais. Mas tinham pessoas de valor e bastante qualidade. No entanto, só a sua formação de 4 alunos do mesmo ano penso que dificultou bastante a perspectiva abrangente que deveriam ter.

Mas não está para mim no mesmo saco que os representantes no conselho directivo. O conselho directivo funcionou com menos alunos, está com menos alunos e por simples casmurrice de quem lá está agarrado ao lugar. E quem esteve na última assembleia de representantes pôde presenciar isso. Digo-o em público porque não é segredo que penso assim.

São realidades realmente distintas.

DC disse...

eu sei que são realidades totalmente distintas,só quis esclarecer, e "forçar-te" a esclarecer também, uma vez que no primeiro comentário parece que colocas alunos do CD e do CA no mesmo saco, quando qualquer pessoa informada, e sei que tu és, sabe que o seu trabalho foi muito distinto.

Muito sinceramente, acho que a maioria das pessoas que elegeu o actual CD e CA, para além de não estar na faculdade, não se lembra quem elegeu...E as pessoas que estão na faculdade não sabem quem são.

Lanço uma questão, fará sentido, com a redução do curso de 5para 4anos, ter um órgão, qualquer que seja, cujo mandato é de 3anos?

Hugo disse...

E obgrigado por me forçares a faze.lo. Estive quase a voltar a comentar a esse proposito pk percebi que podia ser mal interpretado.

A questão é que o mandato é de 2 anos, só que com esta situação da reestruturação, a reitoria pediu um inicial prolongamento até março senão me engano. E olha como estamos...Tentamos inverter esta situação(eu, ary e fachana) na assembleia de representantes, mas como os 2 alunos(artur e cláudio) que lá restavam(visto que um acabou o curso e a oriana não concordava com esses 2 alunos) quiseram dar uma imagem de mártires amargurados que estavam a ser atacados por nós, eles que tão bom trabalho fizeram(pelo menos foi o que o cláudio disse na sua intervenção), a professora Cristina Queirós acabou por adiar essa discussão para futura Assembleia de Representantes que infelizmente não foi marcada.

E o que mais acho incrível é que simplesmente pedimos uma nova eleição dentro da Assembleia de Representantes, visto eu o Ary o Fachana continuarmos na faculdade, e introduzirmos pessoas dos restantes anos e de criminologia. E portanto não pode ter havido boa vontade em bloquear todo o processo como foi bloqueado por esses 2 alunos, que infelizmente,como tu sabes até melhor do que eu, já nos habituaram a situações do género.

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