terça-feira, 2 de junho de 2009

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A misantropia parte de uma premissa com a qual a condição humana não pode conviver.
Ser-se misantropo é em primeira instância negar a humanidade presente na própria consciência.
Negando tal, assiste-se a perversão do Homem. Odiando os outros homens, odeia-se a si mesmo.
Há coisa mais egoísta que ser-se misantropo?
Facilmente se chega à conclusão do raciocínio inerente a estas palavras: Ser-se misantropo é não-ser Homem.

* (dos meus blocos)

3 comentários:

Ary disse...

Se não atendermos à raiz da palavra que nos exige que o sujeito "odeie" a espécie humana, mas sim ao seu significado mais comum, que se refere a indivíduos se que afastam dos seus semelhantes, incapazes de estabelecer relações, então há por aí muito espantalho!

Compreendo que para alguns sujeitos excepcionais sejam complicado relacionarem-se com comuns mortais e assim criem personalidades de tal forma atípicas que mais os afastam da normal convivência social. A falta de convivência social facilmente gera intolerância e incapacidade para se ver no outro. Sem essa capacidade é muito difícil gostar dos outros. Daí à misantropia é um passo ...

TR disse...

Ou se calhar o misantropo é alguém que "ama" tão incondicionalmente o homem que o chega ao odiar: pela falta de correspondência entre o seu ideal de homem e as concretas formas humanas com que vai convivendo ao longo da vida.

Ary disse...

Por exemplo ...

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